SEM PROTOCOLOS

Passageiros denunciam riscos de transmissão no transporte complementar

Por Tamara Albuquerque 09/02/2022 - 10:01
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Ascom Arsal/Arquivo
Rodoviária de União dos Palmares
Rodoviária de União dos Palmares

Em janeiro deste ano a Arsal (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Alagoas) anunciou que iria intensificar a fiscalização nos transportes coletivos intermunicipais de passageiros para o cumprimento dos protocolos sanitários estabelecidos pelo decreto estadual de distanciamento controlado. A promessa caiu no esquecimento e o usuário que precisa se locomover usando o serviço passou a conviver com todos os riscos de ser infectado pelo coronavírus.

Denúncias recebidas pelo Extra revelam que o maior risco é a entrada e permanência de passageiros sem máscara no rosto. Eles têm acesso aos veículos sem nenhuma barreira, apesar da existência de avisos em folhas de papel colocados em locais visíveis. Motoristas não orientam sobre a obrigatoriedade do equipamento de proteção, segundo os próprios passageiros. O descumprimento das regras assustam a quem precisa usar o transporte complementar. 

Nos veículos que deixam Maceió com destino ao município de Arapiraca, por exemplo, a entrada de pessoas acima da capacidade é observada e o uso da máscara fica a critério de quem tem consciência da necessidade do uso.

Não existe abordagem dos veículos em nenhum ponto para fiscalização dos protocolos sanitários e no ponto de parada obrigatória de vans e similares, próximo à Secretaria Municipal de Saúde de Maceió, vendedores e pedintes entram nos veículos sem o equipamento de proteção, assim como os passageiros, afirmam denunciantes. 

No final de janeiro, em matéria postada no site, a Arsal afirma que as medidas para garantir segurança aos usuários estão sendo adotadas desde o início da pandemia da covid-19 e intensificadas em função do aumento exponencial dos casos da covid, em decorrência da variante ômicron, e da gripe influenza. 

Também afirma que "os agentes de apoio ao transporte, distribuídos em mais de 30 pontos fixos e volantes, estão abordando transportadores, nas categorias complementar e convencional, para fiscalizar o cumprimento das exigências estabelecidas no protocolo sanitário, além das vistorias de praxe". Passageiros denunciam que isso não ocorre.

A presidente da Arsal, Camilla Ferraz, diz que a agência trabalha desde o início da pandemia pela segurança no transporte complementar, o que não se observa mais na prática diária, segundo os usuários do sistema.

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