Saiba quem são os pré-candidatos à Prefeitura de Maceió

A corrida pela sucessão do prefeito Rui Palmeira (sem partido) na capital começa a ser definida. Com as convenções partidárias, que vão até 16 de setembro, os martelos são batidos em torno da oficialização dos candidatos e suas coligações.

Neste ano, além da quantidade maior esperada de postulantes — ao menos 11, ante sete de 2016 —, o período eleitoral enfrenta a pandemia do novo coronavírus. Assim, os partidos precisarão se reinventar para atender as regras sanitárias: evitar aglomerações e respeitar o distanciamento social.

A tendência, assim como em outras eleições é que o número de candidatos diminua com a aproximação das eleições a partir do momento em que as siglas começam a acertar suas alianças. Ao final, a disputa deve ter 8 ou 10 concorrentes prováveis.

Alfredo Gaspar de Mendonça (MDB)

A candidatura do ex-procurador-geral de Justiça do Estado já era esperada no momento em que resolveu deixar o órgão ministerial. Gaspar iniciou sua carreira no Ministério Público em 1996, na promotoria de Justiça de Maravilha. Após passar por algumas outras promotorias, chegou a comandar a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP/AL) onde começou a ganhar destaque em Alagoas pela diminuição nos índices de violência. Por duas vezes, coordenou o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP. Recém filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), seu nome é um dos mais cotados pelo eleitorado, segundo pesquisas, para assumir a Prefeitura de Maceió.

Cícero Almeida (PSDC)

Tentando voltar ao cargo cargo de prefeito de Maceió pela segunda vez, lugar onde esteve de 2005 a 2012. José Cícero Soares de Almeida, é radialista e cantor. Iniciou a carreira política como vereador da capital alagoana, de 2001 a 2003 tendo sido eleito para assumir uma cadeira na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE/AL), entre de 2003 a 2004. Após deixar o cargo de prefeito, foi eleito deputado federal com mandato de 2015 a 2019. Com o nome envolvido em diversas polêmicas como a Operação Taturana, improbidade administrativa e infidelidade partidária, o ex-prefeito e ex-deputado federal ainda tem muitos fantasmas a lhe perseguir. O maior deles é a Máfia do Lixo, esquema que teria provocado um rombo de mais de R$ 200 milhões aos cofres públicos durante suas gestões como prefeito e que terá um novo capítulo na próxima semana, quando o Superior Tribunal de Justiça (STJ) julga um recurso do Ministério Público Estadual que pede que suas denúncias contra o pré-candidato sejam aceitas integralmente.

JHC (PSB)

Filho do ex-deputado João Caldas da Silva e em seu segundo mandato como deputado federal, João Henrique Caldas, ou apenas JHC é advogado e foi eleito pela primeira vez, em 2014, e para o segundo mandato em 2018. Essa é a segunda vez que o parlamentar tenta assumir o comando do executivo municipal. Para deputado, foi o mais votado do país no último pleito. Tendo iniciado sua carreira política com 23 anos, ficou conhecido por denunciar um esquema de corrupção na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), envolvendo mais de R$ 500 milhões de danos aos cofres públicos provenientes e Gratificações por Dedicação Exclusiva (GDE). Desta vez, pelo mesmo partido que disputou a primeira vez, JHC também tem nome citado entre os que possuem maior intenção de votos para a Prefeitura de Maceió. Na última quarta-feira, 9, Ronaldo Lessa, que seria um dos candidatos, anunciou que aceitou a decisão imposta pelo Diretório Nacional e será vice de João Henrique Caldas.

Cícero Filho (PCdoB)

O Partido PCdoB oficializou na última semana a candidatura de Cícero Filho. Essa é a primeira vez que ele disputa uma vaga para a chefia do executivo da capital alagoana. A candidata a vice na chapa é Maria Yvone Loureiro, economista e funcionária pública aposentada. Jornalista, músico e oficial de Justiça concursado, Cícero Filho tem 48 anos, é natural de Maceió, formado em direito e pós-graduado em ciências criminais, além de ser oficial de Justiça, músico, jornalista e apresentador de um programa de TV. Ele é presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça de Alagoas (Sindojus/AL) e diretor da Federação Nacional dos Oficiais de Justiça.

Lenilda Luna (UP)

A jornalista e servidora pública Lenilda Luna é uma das duas únicas mulheres no pleito deste ano. Candidata pelo partido Unidade Popular (UP), Lenilda tem mais de 30 anos de militância em defesa dos direitos trabalhistas. Pernambucana, nascida em Cabo, é formada em Pedagogia pela Universidade Estadual de Santa Cruz, na Bahia, e em Jornalismo pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Atualmente, ela atua na Assessoria de Comunicação da Ufal, no Movimento de Mulheres Olga Benario.

Valéria Correia (PSOL)

Ex-reitora da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Valéria Correia será candidata pelo PSOL para a prefeitura de Maceió. É a segunda mulher na disputa municipal. A outra é Lenilda Luna, jornalista, que disputa pela UP. Ela assume o posto deixado pelo professor Basile Christopoulos que desistiu de participar das eleições municipais deste ano. Basile não revelou os motivos que o levaram a abrir mão de sua candidatura, mas informou que apoiará a indicação de seu partido.

Josan Leite (Patriota)

O Partido Patriota oficializou no feriado de 7 de setembro a candidatura do engenheiro Josan Leite à Prefeitura de Maceió. Essa é a primeira vez que Leite disputa uma vaga para a chefia do executivo da capital alagoana. A candidata a vice na chapa é Inês Falcão, engenheira e advogada. Ele tem 50 anos. Natural de Recife (PE), ele é engenheiro, com MBA na FGV e especialização em Administração de Empresas com ênfase em Finanças, pela Universidade de Évora, em Portugal. Em 2016, Josan concorreu a uma vaga na Câmara de Vereadores de Maceió, pelo Partido Social Liberal (PSL), mas não foi eleito e ficou como suplente. Já em 2018, ele disputou o cargo de governador de Alagoas, pelo mesmo partido e foi o segundo candidato mais votado, atrás apenas de Renan Filho, que venceu e foi reeleito com 1.001.053 votos.

Corintho Campelo (PMN)

Corintho Campelo, assim como Cícero Almeida também deseja retornar à chefia do Executivo da capital. Ele foi ex-prefeito de Maceió, entre 1982 e 1983 e é formado em engenharia. Com 36 anos de militância pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), Campelo anunciou recentemente sua desfiliação, após uma disputada dentro do partido com o presidente da legenda, em Alagoas, Ronaldo Lessa, que desistiu da candidatura para ser vice de JHC. Sua disputa pela Prefeitura de Maceió será pelo Partido da Mobilização Nacional (PMN).

Ricardo Santa Rita (Avante)

Ricardo Santa Rita é um dos estreantes em pleitos. Ele é formado em administração com pós graduação em Cidades Inteligentes e passou um bom tempo em Brasília onde foi Secretário Nacional de Irrigação no Ministério da Integração. Ricardinho, como é conhecido, passou pelo Ministério do Turismo e Ministério da Agricultura quando esteve sob comando da senadora Katia Abreu. Ele é filho de Carlos Santa Rita, homem de confiança de Renan Calheiros. Santa Rita é a posta do Avante que decidiu enfrentar a eleição para a Prefeitura de Maceió com um candidato próprio.

Davi Davino Filho (PP)

Eleito em 2014, aos 27 anos, como o mais jovem parlamentar da regiã, Davi Davino Filho foi reeleito para um segundo mandato, com 39.342 votos. O nome não é desconhecido, ele é filho do vereador Davi Davino. Um dos atos mais notórios de seu mandato foi a criação da Frente Parlamentar da Juventude. Assim como JHC e Alfredo Gaspar, Davino Filho também tem o nome apontado em pesquisas, entre os que possuem mais intenção de votos para a Prefeitura de Maceió. Sua disputa será pelo Partido Progressista (PP) e tem o apoio de partidos da base aliada do presidente Bolsonaro, como o Partido Social Liberal (PSL) entre outros do Centrão.

Ricardo Barbosa (PT)

O ex-vereador Ricardo Barbosa terá sua candidatura à Prefeitura de Maceió oficializada neste sábado durante a Convenção Municipal do PT. Barbosa é advogado e exerceu o mandato de vereador em 2008, pelo PSOL. Em 2010, disputou uma vaga como deputado estadual, mas não se elegeu. Após alguns problemas foi expulso do PSOL em 2011 e anunciou seu retorno ao PT, onde no ano seguinte voltou a disputar uma vaga na Câmara de Vereadores de Maceió e ficou como suplente. No ano de 2016, disputou o cargo de vice-prefeito na chapa liderada pelo atual deputado federal Paulão, que ficou em quinto lugar na disputa, com 2,44% dos votos válidos.

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