ELEIÇÕES 2022
Campanha ao Senado é a mais cara em Alagoas
Pesquisa revela quanto é necessário investir para vencer nas urnas
Garantir uma vaga para o Senado Federal por Alagoas é mais caro do que para o governo do Estado. É o que constatou pesquisa desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD). O estudo se baseou em informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), referentes às prestações de contas dos candidatos que disputaram e venceram a eleição de 2018 para governador, Senado, Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa. Os valores foram corrigidos pelo índice de inflação do período (IPCA acumulado de outubro de 2018 a janeiro de 2022).
O levantamento traça um panorama de gastos de todos os estados brasileiros. Em Alagoas, as campanhas para o governo estadual custaram, em média, R$ 3.041.930,42. Ao Senado, esse valor foi pouco mais elevado: R$ 3.188.399,22. Vale lembrar que em 2018 os candidatos se digladiavam por duas vagas no Senado. Neste ano, 2022, a disputa será mais ferrenha: apenas um será vitorioso. A campanha para deputado federal por Alagoas também alcançou valor milionário, uma média de R$ 1.407.267,75. Já para a Assembleia Legislativa, o partido e candidato tiveram que desembolsar R$ 302.227,21 em média.
Ainda conforme o estudo, na campanha para governador, a publicidade em materiais impressos está ficando obsoleta. Na questão de custos, ocupou a quarta posição em gastos. Em primeiro lugar aparecem gastos com serviços terceirizados, representando 32,75% da campanha. Outros 15,93% dos custos foram destinados à produção de programas de rádio, televisão ou vídeo. As atividades de militância na rua ficaram em terceiro lugar, com 13,98%. Já as papeladas, como santinhos e jornaizinhos, representaram 10,32% dos gastos. A natureza agradece.
Por outro lado, o mesmo não acontece nas campanhas para deputado federal e estadual. Panfletos ainda são os maiores investimentos para conseguir votos, atingindo, respectivamente, 22,53% e 24,59% dos gastos. Quanto ao Senado, o uso de impressos também perdeu o valor e, assim como a campanha ao governo estadual, ficou na quarta posição de despesas, com 10,59% dos gastos. No entanto, a campanha a senador se difere das demais no quesito “doações financeiras a outros candidatos partidos”. Foi a que mais investiu no apoio de aliados, configurando o primeiro lugar em gastos: 20,51%.
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