Entenda por que atores e roteiristas entraram em greve em Hollywood

Atores e roteiristas de Hollywood entraram em greve. Num primeiro momento, em maio deste ano, a Associação de Escritores da América (Writers Guild of America - WGA), uma espécie de sindicato de 11.500 roteiristas nos Estados Unidos anunciou a paralisação da categoria. E hoje, 13, os 160 mil artistas sindicalizados no Screen Actors Guild (Associação dos Atores de Televisão, em tradução livre), o SAG-AFTRA, anunciaram que paralisam suas atividades a partir da meia-noite desta quinta-feira, 13, no fuso horário de Los Angeles. As demandas de ambas as categorias são similares. Entenda abaixo por que atores e roteiristas entraram em greve em Hollywood.

Os roteiristas exigem salários mais altos e uma participação maior nos lucros das plataformas de streaming, que é a distribuição de conteúdos, como filmes e séries, por demanda na internet. Eles alegam que passam por dificuldades financeiras, com salários defasados ou em queda devido à inflação, enquanto os empregadores estão lucrando e aumentando os salários dos executivos.

De acordo com o sindicato, as emissoras de televisão estão contratando cada vez menos roteiristas para escrever séries cada vez mais curtas, resultando em um número recorde de roteiristas trabalhando por salários mínimos fixados pelos sindicatos.

Gigantes do entretenimento, como Amazon, Apple, Disney, Netflix, NBC Universal, Paramount, Sony e Warner Bros, estiveram envolvidas nas negociações que duraram seis semanas. O Comitê de Negociação do sindicato dos escritores começou o processo de negociação pretendendo alcançar um acordo justo, porém as respostas dos estúdios foram consideradas “totalmente insuficientes” pelos roteiristas.

Greve dos atores e atrizes

Os autores de texto para cinema e televisão têm demandas similares às dos atores, principalmente em relação aos royalties que vem das plataformas de streaming.relacionadas_direita

O sindicato deseja que os atores tenham aumento nos royalties, os chamados "residuais", pela exibição de seus filmes e séries nas plataformas de streaming, algo que já acontece em canais de TV há décadas. A classe afirma que esses pagamentos foram drasticamente reduzidos na última década, quando a indústria dos streamings cresceu exponencialmente.

A outra exigência se refere ao uso de inteligência artificial. Os atores não querem ser replicados digitalmente sem consentimento ou remuneração em qualquer tipo de produção.

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