Magistrados de Alagoas pedem mais segurança após juiz ser ameaçado

Foi realizado na manhã desta segunda-feira (22) um ato de solidariedade ao juiz da 4ª Vara da Comarca de Palmeira dos Índios, Ferdinando Scremin Neto, vítima de ameaça de morte em razão de seu exercício profissional. A iniciativa reuniu magistrados e representantes do Ministério Público Estadual, Ordem dos Advogados do Brasil e Secretaria do Estado da Defesa Social, no auditório da Escola Superior da Magistratura de Alagoas (Esmal), no bairro do Farol, em Maceió.

O presidente da Associação Alagoana de Magistrados (Almagis), juiz Pedro Ivens Simões de França, disse que o objetivo do ato além de prestar apoio ao magistrado, é pedir maior segurança para toda a magistratura alagoana.
 
Pedro Ivens também ressaltou que não apenas a magistratura, como as demais instituições ligadas à Justiça e à segurança pública passam por situação semelhante. “Os casos de ameaça não são direcionados exclusivamente aos magistrados, mas também a defensores públicos, promotores de Justiça, delegados e policiais. Por isso, a importância deste ato para que as instituições se unam em busca de mecanismos que possam combater a violência direcionada a esses profissionais”, reforçou o juiz.

O presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), desembargador José Carlos Malta Marques, falou sobre os casos de ameaça. “Parece que essa bandidagem quer sobrepor-se à Lei, governar as leis. Mas eles pecam porque esquecem que para cada juiz no estado de Alagoas têm 173 magistrados a sua retaguarda. A luta e perseguição ao crime continuará do mesmo jeito”, afirmou.

O presidente do TJ/AL ainda ressaltou que o ato de solidariedade é um ''recado para esses criminosos''. “Não só esse do caso do Ferdinando, mas dos outros casos. Eles são do lado fraco e o forte é o nosso, o lado da Lei”, reafirmou.

Ameaça
No início de julho, uma testemunha teria ouvido, em um bar da cidade de Palmeira dos Índios, que o irmão de um detento teria um plano para matar o juiz Ferdinando Scremin. O detento, preso por determinação do juiz, é suspeito de ter praticado crimes de homicídio e tráfico de drogas. Segundo a notícia, um grupo de dez homens já estaria no município para efetivar o crime.