Luigi Mangione, de 26 anos, foi preso nesta segunda-feira, 9, em um McDonald’s em Altoona, Pensilvânia, suspeito de assassinar Brian Thompson, CEO da UnitedHealthcare, em Nova York. Mangione, ex-orador de sua turma no ensino médio, era considerado um aluno brilhante e formado em ciência da computação na prestigiada Penn State University, com especialização em inteligência artificial.

O jovem demonstrava interesse pelo manifesto de Ted Kaczynski, conhecido como "Unabomber", um serial killer e matemático que enviava cartas-bomba a seus alvos. Kaczynski, defensor de ideias anarquistas e ambientalistas, publicou um manifesto após pressionar os jornais, deixando três mortos e dezenas de feridos em sua trajetória.

Em redes sociais, Mangione exaltava as ideias do Unabomber. Já no LinkedIn, afirmava residir no Havaí e atuar como engenheiro de dados em uma empresa automotiva da Califórnia. A polícia revelou que a arma apreendida com ele foi fabricada em uma impressora 3D e seria semelhante à usada no crime.

Brian Thompson, de 50 anos, foi baleado na última quarta-feira, 4, em frente a um hotel de luxo em Manhattan. Após o assassinato, as autoridades realizaram buscas intensas com helicópteros, cães farejadores e análise de câmeras, até localizar Mangione a cerca de 300 km do local do crime.

Uma denúncia anônima levou à prisão do suspeito, que estava armado no momento da detenção. Segundo o jornal The New York Times, Mangione escreveu um manifesto criticando os planos de saúde nos EUA, o que pode indicar um possível motivo para o crime.