O papa Francisco morreu nesta segunda-feira, 21, aos 88 anos. O pontífice argentino enfrentava complicações relacionadas a uma pneumonia bilateral, diagnosticada ainda no dia 18 de fevereiro.

Ainda ontem, 20, na Páscoa ele saiu na varanda do Vaticano para saudar fiéis, quando ele fez uma breve aparição para abençoar as milhares de pessoas na Praça São Pedro, no Vaticano, o que provocou vivas e aplausos da multidão.

Desde sua eleição em 13 de março de 2013, Francisco se destacou como o primeiro papa latino-americano e jesuíta da história da Igreja Católica. Seu pontificado foi marcado por reformas significativas no Vaticano, pelo combate a abusos sexuais dentro da Igreja e pelo foco na defesa dos direitos dos marginalizados, incluindo refugiados e homossexuais, se destacando como um dos mais influentes da história da igreja.

O papado ao longo da história

Desde o início da Igreja Católica, já existiram mais de 260 papas. O papado, que teve seu início com São Pedro, é uma instituição milenar, e cada papa teve um impacto significativo na Igreja e, em muitos casos, também no cenário mundial. Ao longo dos séculos, o papado moldou a história da religião, influenciando a política, a cultura e a sociedade global.

São Pedro (c. 30 - 64 d.C.)

O apóstolo Pedro é considerado o primeiro papa e a pedra fundamental da Igreja Católica. Ele foi escolhido por Cristo para ser o líder da comunidade cristã em Roma e é reconhecido como o ponto de origem do papado. Sua morte como mártir em Roma solidificou sua importância para a Igreja.

Papa Gregório I (590-604)

Também conhecido como São Gregório Magno, foi um dos papas mais influentes do período medieval. Ele estabeleceu importantes reformas litúrgicas, criou o canto gregoriano e foi um dos maiores evangelizadores da Europa, enviando missionários para cristianizar as tribos bárbaras do norte.

Papa João Paulo II (1978-2005)

Um dos papas mais carismáticos da história, o polonês Karol Wojtyła foi crucial na queda do comunismo na Europa e teve papel decisivo na história política global. Ele também se destacou na defesa dos direitos humanos, no ecumenismo e na modernização de algumas práticas da Igreja, além de ter combatido abusos dentro da instituição.

Papa João XXIII (1958-1963)

Conhecido como "o papa bom", João XXIII convocou o Concílio Vaticano II, que foi um marco na modernização da Igreja Católica. Este concílio resultou em reformas significativas, incluindo uma maior abertura ao ecumenismo e a revisão da liturgia.

Papa Francisco (2013-2025)

O primeiro papa latino-americano e jesuíta, Francisco foi um pontífice que buscou modernizar a Igreja, promovendo a reforma financeira no Vaticano e abordando temas como a proteção ambiental, a acolhida de refugiados e a inclusão de homossexuais. Sua postura simples e sua defesa dos pobres o tornaram uma figura admirada por milhões ao redor do mundo.

Com sua morte, a Igreja Católica entra em um período de Sede Vacante, no qual o cargo de papa ficará vago até que um novo pontífice seja escolhido. O Colégio dos Cardeais deverá iniciar o processo de sucessão, convocando o Conclave para eleger um novo líder para a Igreja.