A Justiça de Alagoas negou o pedido de devolução de bens feito por Jair Veloso da Silva Filho, dentista acusado de chefiar uma organização criminosa envolvida com o tráfico de drogas em Maceió. 

Entre os itens apreendidos estão joias de ouro e prata, celulares, um relógio e imóveis, além de valores bloqueados pela Justiça.

A defesa alegou que não cabe ao réu comprovar a origem lícita dos bens, mas os desembargadores da Câmara Criminal consideraram que há fortes indícios de atividade criminosa, sustentados por quebras de sigilo bancário e interceptações telefônicas.

Segundo as investigações, Jair movimentou mais de R$ 3 milhões entre 2016 e 2021, valor incompatível com sua renda declarada. Ele também teria usado o tráfico para lavar dinheiro por meio da compra de gado, alegando ser pecuarista, e mantinha um padrão de vida de luxo, com imóveis em áreas nobres e veículos de alto valor.

Mesmo trocando constantemente de número e aparelho celular, o investigado seguiu sendo monitorado. A polícia identificou depósitos suspeitos em contas de terceiros e indícios de especialização no tráfico de cocaína enquanto cumpria pena em regime semiaberto.