PODER EXECUTIVO

Expectativa positiva do governo Bolsonaro recua, aponta pesquisa

Um levantamento mostrou que o presidente não conta mais com o mesmo apoio que tinha
Por Redação com Estadão Conteúdo 17/01/2020 - 15:51

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Reuters
Bolsonaro inicia o segundo ano de sua gestão registrando oscilações negativas
Bolsonaro inicia o segundo ano de sua gestão registrando oscilações negativas

Após um ano de mandato, o presidente Jair Bolsonaro perdeu capital político. Levantamento da XP Investimentos, mostra que o presidente não conta mais com o mesmo apoio que tinha e a expectativa positiva para o restante do mandato caiu 23 pontos porcentuais em um ano.

Neste mês, 40% dos entrevistados disseram ter expectativas "ótima e boa" para os três últimos anos de Bolsonaro no governo. Em janeiro de 2019, porém, essa avaliação positiva para o mesmo período era de 63% e, em dezembro, já estava em 43%.

Na prática, Bolsonaro inicia o segundo ano de sua gestão registrando oscilações negativas de popularidade, se o porcentual for comparado com 2019.

A pesquisa mostrou que o governo foi classificado como "ruim e péssimo" por 39% dos entrevistados. Trata-se do mesmo índice desde novembro, mas há um ano apenas 20% tinham o mesmo julgamento.

O primeiro ano do governo foi marcado pela votação da impopular reforma da Previdência, considerada necessária para o ajuste fiscal, e por dificuldades de relacionamento com o Congresso, além de forte bloqueio de recursos para áreas essenciais, como saúde e educação.

Embora o desemprego tenha diminuído, ainda está elevado, atingindo 11,9 milhões de pessoas. A condução da política causou dissabores para Bolsonaro, muitos deles provocados por seus próprios filhos.

Na percepção dos entrevistados, o senador Flávio (sem partido-RJ), o vereador Carlos (PSC-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) exercem hoje "muita influência" sobre o governo do pai (55%), mais até do que os militares (53%) e as redes sociais (50%).

As igrejas evangélicas, que ajudaram a eleger o presidente, aparecem com 41% no quesito influência. Os resultados da área econômica, comandada pelo ministro Paulo Guedes, também dividem opiniões.

Para 45% dos consultados, a economia do País está no caminho certo. Outros 43%, no entanto, apontam que o rumo está errado.


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