POLÍTICA
Quinta-feira é marcada por manifestações contra privatizações no país
Privatizações também permeiam o sistema prisional, o Instituto dos Advogados Brasileiros já se manifestou contrário à privatização.
Umas das grandes discussões do momento em Brasília são as privatizações dos Correios. O procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, já se manifestou contra a venda da estatal. O procurador afirma que a privatização dos serviços postais e do correio aéreo nacional não deveria ir adiante, por ser considerada inconstitucional.
Nesta quinta (29) pela manhã, trabalhadores dos Correios em Maceió realizaram um ato contra a privatização da empresa. A mobilização aconteceu na Praça Sete Coqueiros, na orla da Pajuçara. Os manifestantes ocuparam uma das faixas da avenida, mas o trânsito não chegou a ser interditado. O ato durou duas horas e contou com trabalhadores e representantes de sindicatos de várias categorias do setor público.
O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios em Alagoas (Sintect/AL) informou que o ato foi realizado para alertar a população sobre os prejuízos que podem acontecer se a empresa for privatizada.
Outras privatizações
Também nesta quinta-feira, o Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) divulgou o seu posicionamento contrário à privatização de presídios no País realizada através de parcerias público-privadas. Para o órgão, a mudança na gestão é motivada "exclusivamente pelo lucro".
A manifestação da entidade faz parte de um estudo produzido pela Comissão de Direito Penal atendendo a uma consulta pública do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP). O documento foi organizado pelos relatores Leonardo Villarinho e Sérgio Graziano Sobrinho e aprovado por unanimidade durante uma sessão ordinária virtual que reuniu advogados associados.
Segundo o Instituto, conforme previsto no artigo 175 da Constituição Federal, a responsabilidade pela gestão de unidades prisionais é um dever do Estado e que não deve ser delegada à iniciativa privada.
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