PM se cala sobre ordens do governador e protestos são mantidos na Fernandes Lima

A Polícia Militar de Alagoas, que foi acionada pelo governador reeleito Paulo Dantas, como opção creditada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para acabar com os protestos de grupos bolsonaristas, se cala sobre a ordem recebida do chefe do Executivo. 

Com a tolerância de outras instituições, policiais militares assistem crescer, nesta manha de quarta-feira,2, a manifestação antidemocrática e que pede a intervenção federal no País. Aos poucos, a Avenida Fernandes Lima, no ponto em frente o quartel do Exército, volta a acumular bolsonaristas, que interditam a via descumprindo o direito da sociedade de locomoção previso na Constituição Federal.

A manifestação de apoiadores do presidente Bolsonaro (PL), que contestam os resultados das eleições, começou após a divulgação da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em Maceió, apesar do governador ter autorizado a Polícia Militar desobstruir o ponto de bloqueio no maior corredor de tráfego na capital, a decisão não foi colocada em prática.

É a manifestação mais longa que o maceioense enfrenta na Fernandes Lima com transtornos ao trânsito. Ontem à noite, havia ponto de protestos também em Arapiraca, mas os participantes liberaram um dos lados da pista na zona rural, na AL-110.

Nas redes sociais, Dantas afirmou que “determinei às forças policiais do nosso Estado que garantam o desbloqueio de todas as vias, assim como decidiu o Supremo Tribunal Federal. Desde cedo, optamos pelo diálogo com todos, mas seremos firmes em exigir o respeito à Constituição do Brasil e à nossa democracia”. 

Porém, o uso das polícias não surtiu efeito em Maceió e até agora nenhum político, inclusive o governador e o prefeito João Henrique Caldas, se pronuncia abertamente à população sobre o que está ocorrendo.

A Avenida Fernandes Lima é da responsabilidade do Governo de Maceió, mas até agora, no terceiro dia de protesto, o prefeito JHC não anunciou nenhuma medida para conter os ânimos dos manifestantes e acabar com o movimento que só prejudica a população. JHC está alheio aos constrangimentos que a manifestação impõe à sociedade. No final da corrida eleitoral, o prefeito e filiou ao PL, partido de Bolsonaro.