Arthur Lira vai enquadrar deputados por discursos com ofensas

O Colégio de Líderes da Câmara dos Deputados se reunirá nesta terça-feira, 14, para discutir a postura dos parlamentares durante os debates no Plenário da Casa. A reunião foi convocada após diversas trocas de ofensas, xingamentos e palavrões durante os primeiros discursos da nova legislatura.

O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), planeja estabelecer "boas práticas de oratória" para elevar o nível do debate político. "Foi deprimente o que nós vimos aqui ante o comportamento de parlamentares, de parte a parte, uns acusando, outros defendendo, e vice-versa", disse Lira na última sexta-feira, 10.

Lira também destacou que os deputados que se excederem poderão ser punidos no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. "A partir da eleição do próximo Conselho de Ética, independentemente de lado, sigla, ideologia, pensamento partidário, o deputado ou a deputada que se exceder no Plenário desta Casa responderá perante o Conselho de Ética", reforçou.

Um dos casos mais extremos ocorreu na última quinta-feira, 9, quando o deputado Sargento Fahur (PSD-PR) provocou o ministro da Justiça, Flávio Dino, durante um evento em defesa da indústria armamentista e do direito de o cidadão andar armado.

"Flávio Dino, vem buscar minha arma, seu merda!", esbravejou Fahur. O PSB, partido ao qual Dino é filiado, anunciou que entrará com uma representação contra Fahur no Conselho de Ética e na Corregedoria da Câmara.

Durante os discursos, os deputados utilizaram expressões como bandido, ladrão e babaca para se referir ao presidente Lula (PT) e membros do seu governo. Também foram feitas acusações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com palavras como genocida, golpista e fascista.

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