POLÍTICA
Calheiros diz que dinheiro usado na compra de hospital deveria indenizar vítimas da Braskem
Senador pede que órgãos de controle em Alagoas avaliem a negociação milionáriaA oposição política e a população vítima da Braskem, em Maceió, não engolem o fato do prefeito JHC ter usado recursos da Braskem, em meio as polêmicas sobre as indenizações injustas pelo desastre socioeconômico e ambiental provocado pela empresa, para a compra do Hospital do Coração, no bairro Gruta de Lourdes. O prefeito anunciou que fechou o negócio no valor de R$ 266 milhões, na semana passada. Nos bastidores, a informação é de que a decisão foi monocrática.
Nesta segunda-feira, o senador Renan Calheiros (MDB) fez uma crítica escancarada sobre a compra milionária e colocou o negociação sob suspeita. O senador disse que o negócio “foi um horror” e fez um comparativo com os hospitais construídos pelo governo de Alagoas no período da pandemia. Segundo ele, na anterior gestão de Renan Filho no governo do estado foi gasto um volume de recursos equivalente na construção de 7 Hospitais, com 830 leitos.
"JHC pagou R$ 85 milhões no dia que assinou o contrato. Parece ter propensão a desviar recursos da saúde.”, disse o senador no Twitter. Calheiros chamou a atenção dos órgãos de controle de Alagoas para a compra do hospital, sobretudo "aqueles que participaram do acordo maldito com a Braskem, façam a sua parte”. Ele classificou a negociação como um “roubohospital”. Calheiros também disse que "esse dinheiro é dinheiro que faltou para reparação total plena, indenização dos moradores da borda, para resolver o problema da população dos Flexais. Isso não pode acontecer e precisa ser enfrentado".
Enquanto isso, JHC, que não está alheio às críticas, diz que a aquisição vai “emancipar de uma vez por todas a saúde do município. "Entregaremos um hospital de alto padrão e iniciaremos uma nova fase da saúde pública de Maceió, logo após já avançarmos muito, com o lançamento de vários programas, como o Corujão da Saúde e o Saúde da Gente, assim como as reformas das principais unidades de saúde”.
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