VIOLÊNCIA
Quem é Delegado Da Cunha, acusado de bater em namorada até ela desmaiar
Carlos Alberto da Cunha é deputado federal pelo PP-SP
Por Redação
18/10/2023 - 19:53
Reprodução
Carlos Alberto da Cunha, conhecido como Delegado Da Cunha e atual deputado federal pelo PP-SP enfrenta acusações de lesão corporal, ameaça, injúria e violência doméstica contra sua namorada. O caso foi registrado na 2ª Delegacia da Defesa da Mulher (DDM), localizada na Zona Sul de São Paulo.
Betina relata que, ao acordar, Cunha tentou agredi-la novamente. Para se defender, ela atirou um secador de cabelo nele. De acordo com o boletim de ocorrência, Cunha ameaçou a vítima, dizendo: "Vou encher de tiros a sua cabeça, vou te matar e vou matar sua mãe". Ele também quebrou os óculos dela e danificou suas roupas.
A defesa de Delegado Da Cunha, em uma declaração enviada ao G1, nega veementemente as acusações de agressão e afirma que houve uma discussão durante a celebração de seu aniversário, mas nenhum ato de violência física por parte do deputado.
No entanto, esta não é a primeira controvérsia envolvendo o parlamentar. Antes de ingressar na política, enquanto ainda era delegado, Da Cunha foi acusado de utilizar recursos da Polícia Civil para gravar vídeos de operações oficiais, que eram compartilhados em suas redes sociais pessoais, incluindo o YouTube. As investigações revelaram que ele pagava até R$ 14 mil por mês a uma equipe de filmagem. Isso o levou a ser afastado de suas funções em julho de 2021 e a responder por suspeita de peculato, que envolve o uso indevido de recursos públicos em benefício próprio ou de terceiros.
Sua conduta como "policial youtuber," onde expunha operações policiais, irritou seus colegas e superiores, especialmente após críticas à gestão do então delegado-geral Ruy Ferraz e comentários desrespeitosos sobre outros agentes, que ele chamou de "ratos." Além disso, Da Cunha foi acusado de forjar ocorrências, incluindo um sequestro, para alimentar seu conteúdo nas redes.
Atualmente, como deputado federal, Da Cunha é o 3º vice-presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. Ele é conhecido por sua presença na Câmara dos Deputados, embora tenha acumulado 77 faltas, incluindo 14 no plenário e 63 em comissões, ao longo de seu primeiro mandato, o qual conquistou com 181.568 votos em São Paulo. Sua popularidade decorre principalmente de seu papel nas redes sociais, onde compartilha vídeos espetaculares de operações policiais, perseguições e abordagens a suspeitos.
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