SENADO
CPI da Braskem dá início aos trabalhos de investigação
Renan Calheiros pode ser escolhido como relatorA primeira reunião de trabalho da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem está marcada para a manhã desta quarta-feira, 21, no Senado Federal, a partir da definição do relator. Os integrantes da Comissão terão que investigar, em 120 dias, os efeitos da responsabilidade jurídica e socioambiental da petroquímica no afundamento do solo em bairros de Maceió com a exploração da salgema.
A CPI foi instalada em dezembro do ano passado. Por aclamação, os integrantes aprovaram o senador Omar Aziz (PSD-AM) como presidente e o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) como vice-presidente. O nome deles foi escolhido de forma consensual.O requerimento (RQS 952/2023) para instalação foi apresentado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), assinado por 46 senadores e lido em Plenário no dia 24 de outubro.
Com 11 titulares, o colegiado disporá de um orçamento de R$ 120 mil.“Nossa prioridade é o que hoje mais aterroriza a sociedade de Alagoas: crime da Braskem. O ambiente de medo e insegurança é permanente. As instituições se movem contra uma sequência de delitos ou omissões e o parlamento precisa fazer sua parte”, disse Renan Calheiros, nas redes sociais.
O senador considera ‘gravíssimo’ o parecer da Agência Nacional de Mineração (ANM), que revela erros, imprecisões e defasagem de dados sobre as 35 cavernas da Braskem em Maceió. “É assustador o alerta da possibilidade de novos colapsos, como o da mina 18, em dezembro de 2023. Ainda há argumentos contra a CPI?”, pondera. O senador alagoano é cotado para ser o relator, mas enfrenta resistência interna.
Omar Aziz tem a missão de procurar senadores para definir quem ocupará a função. O nome deverá ser escolhido antes da reunião de trabalho. Aziz afirmou a interlocutores que o martelo ainda não foi batido e que todos os senadores que compõem a CPI têm condições para ser o relator.
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