O senador Renan Calheiros (MDB-AL) criticou neste sábado, 13, a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) após um relatório da PF (Polícia Federal) mostrar que uma "Abin paralela" monitorou ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), jornalistas e políticos, incluindo ele.

Calheiros afirmou que o Brasil nunca teve uma agência de inteligência verdadeira, mas sim uma "bisbilhotice política". Ele defende a criação de um serviço em prol do Estado que forneça informações críveis, com visão geopolítica e profissional. "Temos que fechar essa Abin tabajara", declarou em suas redes sociais.

Depois que o relatório da PF foi revelado na quinta-feira (11.jul), o senador informou que levaria o caso à Justiça brasileira e a Cortes internacionais. Segundo ele, a investigação da CPI da Covid pode ter sido "embaraçada" pelo grupo suspeito de espionagem política.

Calheiros também sugeriu que os novos fatos poderiam ser usados para a Procuradoria-Geral da República reabrir investigações arquivadas por Augusto Aras, PGR durante o governo Jair Bolsonaro (PL). O senador comparou a "Abin paralela" à Gestapo, criticando o uso de estruturas do Estado como polícias políticas.