A entrevista do senador Renan Calheiros (MDB), na qual desconsidera os nomes de Antônio Albuquerque e Davi Filho para a futura federação partidária entre MDB, PSDB e Republicanos, causou desconforto imediato nos bastidores da política alagoana. Ao afirmar que “em nenhum momento pensamos em Davi Filho, nem Antônio Albuquerque”, Renan escancarou uma postura centralizadora, que parece ignorar a trajetória e a influência desses aliados em eleições passadas.

Resposta silenciosa

Sem dizer uma palavra, Antônio Albuquerque respondeu com ironia fina e certeira: publicou em suas redes o vídeo da fala de Renan, seguido de um meme de um garoto rindo descontroladamente. O gesto, aparentemente leve, funcionou como um recado direto – o deputado, com oito mandatos e peso político regional, não aceita ser tratado como figurante. A reação expôs uma fissura: onde havia aliança, agora há ressentimento. 

Jogo político 

A fala de Renan não apenas ignora nomes relevantes, como também enfraquece a própria federação que tenta construir. A exclusão pública de figuras com base eleitoral sólida gera ruídos internos e revela uma tentativa de controlar o jogo político com mão de ferro. A resposta de Albuquerque mostrou que há resistência e que o silêncio, neste caso, gritou mais alto do que qualquer discurso ensaiado.

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