análise
Eleições serão teste de maturidade democrática e de combate às fake news
Analista político Wilson Pedroso afirma que o pleito exigirá atenção redobrada da Justiça Eleitoral
A exatamente um ano das eleições de 2026, o Brasil entra oficialmente em contagem regressiva para um dos momentos mais importantes do calendário democrático. Serão mais de 150 milhões de eleitores indo às urnas para escolher presidente, governadores, senadores e deputados federais e estaduais. O primeiro turno está marcado para 4 de outubro de 2026, com o segundo turno, se necessário, no dia 25 do mesmo mês.
De acordo com o analista político e consultor eleitoral Wilson Pedroso, o país vive uma fase de preparação que exige atenção tanto dos eleitores quanto das instituições. “O processo democrático brasileiro é maduro, mas precisa estar sempre em aprimoramento. A eleição de 2026 trará não apenas disputas políticas intensas, mas também desafios no combate à desinformação e ao mau uso de tecnologias como a Inteligência Artificial”, afirma.
Pedroso explica que o calendário eleitoral será divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nos próximos meses, definindo os prazos para registro de candidaturas, convenções partidárias e regularização de títulos. “É fundamental que o eleitor acompanhe as orientações da Justiça Eleitoral para garantir seu direito ao voto. A atualização cadastral e a regularidade do título são passos básicos, mas indispensáveis para participar do pleito”, ressalta.
O especialista lembra que as campanhas seguirão as regras já consolidadas, com voto obrigatório para maiores de 18 anos e facultativo para jovens de 16 e 17 e pessoas com mais de 70 anos. “A participação popular é o que dá legitimidade ao processo. Mais do que um direito, o voto é uma ferramenta de transformação coletiva”, observa.
Segundo Pedroso, as eleições de 2026 também serão um marco na regulação da propaganda digital, com maior fiscalização sobre fake news e impulsionamento de conteúdo. “A Justiça Eleitoral está atenta e tem aprimorado mecanismos para garantir um ambiente mais transparente. A sociedade, por sua vez, precisa desenvolver um olhar crítico diante das informações que circulam nas redes”, acrescenta.
Por fim, o analista avalia que o pleito de 2026 será um teste de equilíbrio entre tradição e inovação. “O Brasil reafirma, a cada eleição, sua confiança na urna eletrônica e no processo democrático. Mas é preciso fortalecer a educação política, para que o voto continue sendo uma expressão consciente e livre da vontade popular”, conclui.



