JUSTIÇA
PF prende Jair Bolsonaro após decretação de prisão preventiva pelo STF
Ex-presidente é detido em Brasília na fase final do processo sobre a trama golpista
A Polícia Federal prendeu preventivamente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na manhã deste sábado, 22, em Brasília, após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro estava em prisão domiciliar desde 4 de agosto e foi levado por agentes da PF logo após a expedição da ordem, que citou a necessidade de garantir a ordem pública.
O ex-presidente foi condenado a 27 anos e três meses de prisão no processo que apura a trama golpista. A decisão de converter a prisão domiciliar em preventiva ocorre na fase final da ação penal.
Na véspera, a defesa de Bolsonaro havia solicitado ao STF que ele permanecesse em casa, alegando “risco à vida” e listando problemas de saúde que, segundo os advogados, justificariam a continuidade do cumprimento da medida em regime domiciliar. O pedido foi negado.
A equipe jurídica reforçava que o ex-presidente deveria seguir sob cuidados em sua residência, onde estava desde agosto, mas a Corte entendeu que a manutenção da prisão domiciliar não era suficiente frente ao conjunto de elementos apresentados no processo.
Bolsonaro foi detido sem resistência. Sua imagem recente, registrada enquanto cumpria domiciliar, mostrava o ex-presidente em casa, vestindo camiseta polo, em ambiente externo. O STF ainda deve analisar novos pedidos da defesa e recursos ao longo das próximas semanas.
Motivo da prisão
A Polícia Federal pediu a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em razão da vigília que estava sendo organizada por apoiadores em frente ao condomínio onde ele cumpre pena em Brasília. A mobilização foi convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que pediu na sexta-feira feira, 21, que simpatizantes se reunissem para rezar pela saúde do pai, em mensagem divulgada nas redes sociais.
Segundo agentes da PF, a expectativa de aglomeração na porta do condomínio representava risco à ordem pública, argumento que foi aceito pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF),. Com isso, a prisão domiciliar foi convertida em prisão preventiva.



