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União e PP formalizam pedido de superfederação; Lira terá controle político
Com maior bancada da Câmara e quase R$ 1 bi em fundo eleitoral, bloco quer candidatura presidencial
Os partidos União Brasil e Progressistas (PP) protocolaram, na quinta-feira, 4, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o pedido de registro da nova superfederação partidária — o maior movimento de unificação partidária desde a criação do mecanismo. Para valer nas eleições de 2026, o TSE precisa aprovar a federação até abril do próximo ano, seis meses antes do pleito.
No âmbito nacional, o deputado federal Arthur Lira (PP-AL) fará parte da direção, ao lado do presidenciável Ronaldo Caiado (União-GO), do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e de outras lideranças de peso. Em Alagoas, Lira terá controle integral sobre as decisões eleitorais do bloco, incluindo a escolha de candidatos e a definição dos cargos a serem disputados.
Embora a superfederação já tenha sinalizado que atuará de forma crítica ao governo Lula (PT) e pretende lançar um candidato próprio à Presidência, Arthur Lira trabalha para obter o apoio petista em Alagoas, onde deve disputar uma das duas vagas ao Senado em 2026.
Números da superfederação União Brasil–PP
. 7 governadores
. 108 deputados federais – maior bancada da Câmara
. 12 senadores – terceira maior representação no Senado
. 1.355 prefeitos, incluindo oito capitais
. R$ 953,8 milhões de fundo eleitoral (2024) – maior fatia entre os partidos, R$ 67 milhões acima do PL
. R$ 197,6 milhões de fundo partidário (2024) – também o maior volume, superando o PL
Se aprovada, a superfederação se consolidará como a estrutura partidária mais robusta do país, com capilaridade nacional, forte capacidade financeira e influência direta sobre o tabuleiro político das eleições de 2026.



