investigação

Ministro presta solidariedade a assessora ligada a Lira após operação da PF

Alexandre Silveira telefonou para Mariângela Fialek, alvo de buscas autorizadas pelo STF
Por Redação 19/12/2025 - 05:54
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Wilson Dias/Agência Brasil
Ministro Alexandre Silveira (Minas Energia)
Ministro Alexandre Silveira (Minas Energia)

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), entrou em contato por telefone, na última segunda-feira, com a assessora da Câmara dos Deputados Mariângela Fialek, conhecida como Tuca, para prestar solidariedade após ela ter sido alvo de buscas da Polícia Federal na sexta-feira anterior. A operação foi autorizada pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), e apura suspeitas de irregularidades na distribuição de emendas parlamentares.

Segundo reportagem do UOL, Tuca tem longa atuação nos bastidores do Congresso Nacional e foi assessora do deputado Arthur Lira (PP-AL) durante sua presidência na Câmara. Atualmente, está lotada na liderança do PP e atua como assessora especial do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), despachando em uma sala da Presidência. Ela é apontada como uma das principais articuladoras do chamado orçamento secreto no Legislativo.

Silveira teria demonstrado surpresa com a operação policial, afirmando, durante a ligação, que a assessora apenas exercia a função de organizar a distribuição das emendas, atividade comum às articulações políticas do Congresso. O ministro também teria comparado a atuação de Tuca a trabalhos semelhantes que desempenhou no Senado, quando participou das negociações de emendas durante as gestões de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na presidência da Casa.

As buscas ocorreram na residência da assessora e no gabinete onde ela atua na Câmara dos Deputados. A ligação foi confirmada por fontes próximas tanto ao ministro quanto à servidora. Procurado para comentar o episódio, Alexandre Silveira não se manifestou até o fechamento deste texto. Mariângela Fialek também não respondeu. O espaço permanece aberto para manifestações.


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