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Roberto Baia

Formado em Jornalismo pela UFAL em 1987, também é radialista. Trabalhou nos extintos Jornal de Alagoas e Tribuna de Alagoas.

Conteúdo Opinativo

Supostos desvios

09/02/2025 - 06:00
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Durante uma entrevista a um veículo de comunicação local, o prefeito de Maribondo, Bruno Teixeira, trouxe à tona um retrato alarmante da gestão municipal. Suas declarações destacam a seriedade da situação enfrentada ao assumir a posição, como demonstrado pelo decreto de emergência administrativa emitido no início deste mês.

Conforme Bruno Teixeira, desde a mudança de governo, a nova administração encontrou obstáculos consideráveis para acessar documentos cruciais, evidenciando uma ausência de transparência na gestão anterior. Ele também revela que existem investigações em curso sobre desvios de milhões em setores críticos, como saúde e infraestrutura, que superam os R$ 3 milhões. A falta de dados financeiros e administrativos durante o período de transição intensificou o caos existente.

Estado de emergência

Bruno Teixeira declarou estado de emergência administrativa por um período de 90 dias. O documento, divulgado no Diário Oficial dos Municípios, denuncia a ausência de acordos para o fornecimento de bens, materiais de consumo e serviços, bem como a escassez de itens fundamentais para o funcionamento da administração municipal.

Concurso público

O prefeito destacou a importância do apoio do Governo de Alagoas para mudar o cenário de caos. Bruno Teixeira anunciou, entre as ações para restabelecer a ordem, a realização de um concurso público para preencher a falta de funcionários municipais e aprimorar a eficácia dos serviços.

Sessões online

Em entrevista a um veículo de comunicação local, na última terça-feira, 4, o presidente da Câmara Municipal de Arapiraca, Léo Saturnino (MDB), destacou a parceria entre os 19 vereadores na criação de projetos e ações para ouvir mais os moradores e lidar com os principais desafios da cidade. O parlamentar informou que as sessões da Casa serão transmitidas nas redes sociais.

“A Câmara está aberta para todos. Queremos a população participando das decisões. Para isso, vamos transmitir as sessões ao vivo nas redes sociais. O objetivo principal é aproximar cada vez mais a população do Poder Legislativo”, afirmou.

Indenização

O Ministério Público de Alagoas (MPAL), por meio das Promotorias de Justiça da 1ª e 6ª Comarcas, ajuizou uma Ação Civil Pública com um pedido de Obrigação de Fazer com indenização por danos morais coletivos contra o Hospital Nossa Senhora do Bom Conselho, em Arapiraca, solicitando para as mães dos bebês o valor de R$ 200 mil.

Entenda o caso

O caso aconteceu em 2022, quando três garotos, sendo dois gêmeos, foram encaminhados para tratamento especial na Unidade de Terapia Intensiva daquele hospital. As mães, por um período, ficaram sem possibilidade de contato. Quando os gêmeos receberam alta, inicialmente não se levantou a hipótese de que um deles teria sido levado por outra família. No entanto, anos mais tarde, Débora Maria Ferreira Silva, mãe dos gêmeos, ao receber uma imagem de uma criança identificada como José Bernardo, nascido da outra parturiente, ficou impressionada com a semelhança com um de seus filhos e decidiu investigar a outra família. Os exames de DNA foram realizados de forma consensual, confirmando que o Hospital Nossa Senhora do Bom Conselho realmente errou.

Bebês trocados

Na ação, os promotores de Justiça Thiago Chacon e Viviane Farias ressaltam que “a obrigação do hospital era de ter diligência e entregar corretamente as crianças nascidas em seu recinto a seus respectivos pais biológicos”. Para os integrantes do Ministério Público, é inaceitável atribuir a culpa às mães, uma vez que bebês recém-nascidos não apresentam características que indiquem imediatamente traços familiares. O MP destaca que a situação não é simples, mas grave, pois envolve uma negligência que alterou a trajetória de vida das duas famílias, impactando psicologicamente os pais e os filhos.

Caso Kléber Malaquias

Quatro dos acusados pelo assassinato de Kléber Malaquias serão julgados no dia 17 de fevereiro. O político e ativista foi morto com dois disparos no seu aniversário, em 15 de julho de 2020, no Bar da Buchada, em Rio Largo. No total, o Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) acusa sete pessoas pelo assassinato da vítima, incluindo agentes e ex-agentes de segurança pública de Alagoas. Os promotores de Justiça Lídia Malta e Thiago Riff desempenharão o papel de acusação. Devido à complexidade do caso, o julgamento foi desaforado para Maceió.

Segundo a acusação feita pela 3ª Promotoria de Justiça de Rio Largo, o assassinato foi qualificado como homicídio duplamente qualificado, pois a vítima não teve chance de defesa e o crime foi realizado com promessa de recompensa.

Mudança do local

O julgamento será realizado no plenário da 8ª Vara Criminal da capital. De acordo com a promotora de Justiça Lídia Malta, a conjuntura política do assassinato obrigou a mudança do local do julgamento.

“Estamos falando sobre um crime de mando, praticado com auxílio, inclusive, de policiais. Então, por questões de segurança, o júri foi desaforado e transferido para uma comarca distinta do local do crime, ocorrido em Rio Largo. Ele será realizado em Maceió, no Fórum Desembargador Maia Fernandes, no dia 17 de fevereiro, a partir das 8h”, informou.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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