colunista

Elias Fragoso

Economista, foi prof. da UFAL, Católica/BSB, Cesmac, Araguaia/GYN e Secret. de Finanças, Planej. Urbano/MCZ e Planej. do M. da. Agricultura/DF e, organizador do livro Rasgando a Cortina de Silêncios.

Conteúdo Opinativo

Um país às cegas, sem projeto, rumo ao desconhecido

09/08/2020 - 11:35

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O Brasil caminha às cegas na pandemia há cinco meses fruto do desgoverno que está assolando este país há 20 meses. A hecatombe da covid-19, não fosse o brutal número de 100 mil mortes que ela já carrega, muitas delas evitáveis, infelizmente, é só mais um dos despautérios a que a Nação está submetida por um governante incapaz e insensível.

Que só tem na cabeça 3 sonhos doidivanas: se reeleger a qualquer preço, defender os filhos e a ele mesmo das falcatruas das rachadinhas e do envolvimento com milicianos bandidos do Rio de Janeiro e, dar um golpe e virar ditador da nona maior economia do mundo. 

Quanto à hecatombe da covid-19 suas digitais estão lá nítidas, claras, insofismáveis. É questão de tempo cobrar dele a responsabilidade direta pelo descumprimento da Constituição. Suas palavras, atos e atitudes estão registradas. E isso precisa ter consequências. 

Suas tentativas de golpear a democracia desse país, não podem mais ser toleradas, nem seus arregos fascistoides ou suas atitudes antidemocráticas. O recente episódio da infame lista de antifascistas produzidas pelo Ministério da Justiça é mais um episódio em linha com suas orientações malsãs. 

Como foi sua reunião com ex-militares que lhes prestam vassalagem como ministros quando queria intervir no Supremo com as forças armadas para derrubar os 11 ministros e, (volta o sonho doidivanas de sempre) virar ditador do país. Estes episódios somam-se a pelo menos uma dezena de outros merecedores de responsabilização. 

Neste momento de dor e sofrimento de 100 mil famílias e dos milhões de parentes, amigos, colegas de trabalho, como se fosse pouco, estamos para vivenciar mais um golpe, agora na área econômica. 

Até o momento nenhuma medida séria foi proposta, nenhum plano esboçado para dar o Norte no tocante à saídas para o pós-pandemia.

Nem um reles planejamento de como ficarão até o final do ano os mais de 50 milhões de pessoas que recebem o auxilio emergencial após setembro (quando acaba o prazo para a liberação das últimas parcelas). Nem isso.
Quais as prioridades para até dezembro? 

E para 2021? Como fica o fundamental Teto de gastos que o presidente e acólitos estão loucos para “furar”? O governo vai mesmo prorrogar o decreto de emergência para 2021 (e atender aos sonhos amalucados dos “desenvolvimentistas”)? Nada. Ninguém informa nada. O país ruma às cegas para o desconhecido. Estamos todos no escuro. Sabemos como isso acaba.

Até o final de agosto o governo terá que encaminhar ao Congresso o projeto de Orçamento de 2021 e precisa dizer o que fará em 2021, como, por exemplo, de onde sairá a grana para bancar o Renda Brasil (que pode transformar votos petistas do Nordeste e ajudar na reeleição de Bolsonaro)? Faltam 20 dias, e como se vê não há planos.

A reforma tributária ora sendo urdida entre o governo e o congresso vai aumentar a carga de tributos e o governo ainda quer nos enfiar goela abaixo outra CPMF (ao invés de propor reduzir despesas, incentivos e outras benesses que engessam o orçamento do brasileiro)... 

O tema é árido e as pessoas não se envolvem na discussão. Mas precisam ficar sabendo que se a reforma passar como está e as medidas que o governo está engendrando no “escurinho do cinema” colarem, as despesas com os governos vão aumentar e muito. O que significa dizer que o cidadão ao invés de trabalhar 5 meses para pagar seus impostos, certamente verá esse número aumentado. Ou seja, menos grana no bolso. É isso que está sendo engendrado.

Dos compromissos de campanha este era o último que Bolsonaro ainda não havia rasgado. Agora, seus eleitores que justifiquem essa traição ao povo e à Nação brasileira.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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