Topa um desafio aí?

Sabe aquele colega de escola relapso que preferia fugir das aulas para ir jogar bola? Pois é, quem não os teve, né? Eu mesmo quando estudante do 5º ano no Colégio Guido (equivalia a uma preparação para entrada no curso ginasial), soube de um deles que já repetia a primeira série de ginásio pela segunda vez, antes mesmo da gente iniciar a nossa jornada. Pois bem, 7 anos depois concluindo o científico e me preparando para o vestibular, aquele colega folgado estava batalhando na terceira serie ginasial... Havia outros como ele, da minha época me lembro de pelo menos dois outros que concorriam com o “hors concours”.

Passados 50 anos, de quando em vez tenho notícias do “hors concours”. Casou, constituiu família, continua o mesmo gozador de sempre e tem um empreguinho no Estado insuficiente para manter-se e à família. E faz uns bicos na área contábil (sabe-se lá o que). Anda sempre feliz, vivaz, como se a vida o houvesse aquinhoado com os melhores tesouros. Admiro-o em sua simplicidade. Uma figura que foi ficando pra trás por não ter avançado nos estudos.

Acho que ele teria se dado bem. Muito inteligente, bem relacionado, mas o “racha” de todos os dias acabou por desviá-lo da rota padrão dos seus colegas. Eu incluso. No fundo vejo-o quase feliz por não ter preocupações maiores que a sua subsistência e a da família. Teria sido essa a sua escolha? Nunca vou saber, porque não irei perguntar.

Alguém deve estar se perguntando, aonde quero chegar? Na verdade, chegamos. Em Alagoas. Abaixo vamos conhecer alguns indicadores atuais. Em grande parte são os mesmos de 50 anos atrás. E por que isso? É a pergunta em busca de uma resposta. Estou estruturando um grupo para a gente pensar sobre isso. Será que aquele menino levado é a “cara” de Alagoas?

Se você tem de mestrado para cima em qualquer área e está a fim de um desafio e tanto, entre em contato com o EXTRA que sua mensagem chegará até mim. Será um desafio e tanto!banner