colunista

Elias Fragoso

Economista, foi prof. da UFAL, Católica/BSB, Cesmac, Araguaia/GYN e Secret. de Finanças, Planej. Urbano/MCZ e Planej. do M. da. Agricultura/DF e, organizador do livro Rasgando a Cortina de Silêncios.

Conteúdo Opinativo

Pode ser diferente secretário

04/12/2022 - 09:06
Atualização: 04/12/2022 - 10:24

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Agência Brasil/ Marcelo Casal JR
Dinheiro
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Se uma autoridade – ao arrepio da lei (que veda esse tipo de operação) – se apropriasse na marra da sua poupança previdenciária para uma operação que em tudo cheira a ruinosa para você e os demais servidores públicos contratados após 2007 (porque os outros servidores já foram garfados há muito tempo nas falcatruas do Ipaseal e não têm previdência), que reação você teria? Pois então corra rápido e reaja enquanto é tempo, pois é isso que está ocorrendo neste momento com o dinheiro que vai assegurar a sua aposentadoria futura.

A Secretaria da Fazenda e o Alagoas Previdência estão tentando aplicar uma operação “Zé com Zé” (para entender, quem se interessar pode ir ao Google ou ler meu artigo de duas semanas atrás) com o dinheiro do servidor público contratado a partir 2007 para bancar o 13º terceiro de todo o funcionalismo.
A grana do fundo previdenciário gerido pelo Alagoas Previdência não pertence ao Estado, é de milhares de funcionários públicos. Por ser superavitário, infelizmente para eles, é o único órgão que tem grana viva para ser desviada. Mesmo ao arrepio da lei. Aliás, num estado sério esses senhores não só já teriam sido sumariamente demitidos, como estariam respondendo por este ato ruinoso que estão tentando aplicar contra os barnabés de Alagoas.

A operação é de todo ruinosa.

Para o servidor – dono do dinheiro – que vai ver 400 milhões de reais sumirem pelo ralo em nome de uma operação escalafobética que nem mesmo os seus autores conseguem explicar (na linha do eu vim para confundir mesmo) porque vai trocar uma operação superavitária pela “compra” (sic!) de 304 escolas velhas, caindo aos pedaços do Estado que só prejuízo trará para os donos do dinheiro que está “magicamente” mudando de mãos.
Para o Estado que – sem ter nem por que – vai vender suas 304 escolas por vontade de um burocrata que precisa ser parado (sem que ninguém da área ou da justiça fosse consultado sobre a pertinência e a legalidade) para o Alagoas Previdência e passará a ter uma nova despesa, os aluguéis que terá que pagar pelo uso das 304 escolas (sic!).

Também não é boa para o órgão de previdência dos servidores que assumirá as 304 escolas e se tornará uma imobiliária de imóveis velhos e depreciados com a obrigação de realizar a manutenção milionária dos mesmos e que não vai gerar nenhuma rentabilidade para o fundo dos servidores.

Não é boa para a Assembleia Legislativa que terá que explicar e – pior – encarar o eleitor daqui a dois anos para explicar porque aprovou uma proposta dessa magnitude que mexe praticamente com todas as estruturas do Estado na base do vapt-vupt.

Também sobrará para o governador que – se não sustar a hecatombe – vai ter que se explicar durante todo o mandato sobre uma operação ruinosa que já está proporcionando ruídos em toda Alagoas. Com implicações eleitorais futuras que certamente não serão boas para o seu grupo.

Pode ser diferente...

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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