Foi repórter e diretor geral da Radio Novo Nordeste de Arapiraca e titular da Comarca de Piranhas, na condição de Juiz de Direito.

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Mentiras e crimes na busca do voto

07/10/2020 - 08:26
Atualização: 07/10/2020 - 22:24

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Políticos fazem tudo pelo voto
Políticos fazem tudo pelo voto

Este artigo eu escrevi após as eleições de 2018. Observando a campanha política deste ano de 2020, presencialmente na minha sofrida Alagoas e através da mídia nos demais estados da Federação, tomei a liberdade de reedita-lo na esperança de que o seu conteúdo colabore, de alguma forma, para o aprimoramento desse selvagem processo político eleitoral brasileiro em vigor. 

Vejamos o artigo!

Em meio à uma campanha política eleitoral antes nunca vista neste País, cujos predicados desabonadores da conduta e da moral de incontável número de pretendentes aos cobiçados cargos públicos brasileiros postos em disputa, foram os maiores destaques. Na contramão desta trinte nota, tivemos uma eleição sem incidentes sérios que pudessem colocar em risco a lisura do pleito e a democracia brasileira. 

Quanto à qualidade moral dos candidatos eleitos, como dito antes, um grande número deles é acusado da prática de crime de corrupção, lavagem de dinheiro e outros crimes mais, com muitos já condenados pela Justiça que, vergonhosamente, autorizou alguns desses a saírem da cadeia para tomarem posse nos mandatos conquistados através do voto. Certamente, essa situação jamais aconteceria se nós tivéssemos no Brasil uma legislação séria de combate ao crime e se todas as autoridades fossem comprometidas com a honestidade, com a decência, com a ética, com a moral e com os bons costumes. 

Mas, ao contrário, no nosso País impera a desgraçada da lei da vantagem, que classifica o brasileiro direito, solidário e honesto como um otário, uma trouxa, um idiota. Esta triste e revoltante situação fica mais clara e se torna mais visível, durante os períodos de campanhas eleitorais, quando a movimentação política partidária é acentuada com muitos candidatos buscando suas eleições fazendo uso de todas as artimanhas e artifícios possíveis, nem sempre fundados na lisura e na decência. Foi nesse período, quando os recursos financeiros, públicos e privados, foram postos a serviço do voto que o Ministério Público e a Polícia descobriram nas eleições passadas, que grande parte desses recursos teve origem criminosa, na medida em que eram oriundos da corrupção em todas as suas modalidades. 

Tem-se, assim, que os crimes de compra de votos, abuso do poder político e econômico, as difamações, injurias, ameaças e homicídios, são ferramentas criminosas que têm grande influência nos resultados dos pleitos eleitorais, em várias regiões do Brasil. Esta prática, geralmente, resulta na vitória de políticos imorais sem compromisso com a ética, com a verdade, com a decência, com o bom caráter e o bom senso. Esses valores, nesses casos, são jogados no lixo por candidatos à Presidência da República, ao Senado e a Câmara Federal, aos Governos dos Estados e Assembleias Legislativas e às Prefeituras municipais e câmaras de vereadores. 

Faz-se, portanto, necessário que o eleitor brasileiro, principalmente o esclarecido, que imaginamos ser politizado, sem fanatismo, sem paixão política e sem alienação ideológica, disponha-se a prestar um grande serviço à sua Nação, não votando em candidatos cujos nomes estejam relacionados com denúncias de corrupção e violência e que preguem a demagogia, fazendo uso de mentiras e cometendo crimes comuns e eleitorais na busca do voto. 

Por fim, há de se chamar a atenção para o fato de que os corruptos são todos iguais nas suas essências, são perigosos predadores que sugam o erário sem piedade e, desta forma, levam o País à falência, sucateiam os sistemas de educação, saúde e segurança pública, tiram o emprego dos trabalhadores e roubam a esperança de um povo desejoso por dias melhores. 

A situação do Brasil, portanto, exige de cada um dos seus filhos que ama e respeita sua pátria, que esteja atento a atuação do Poder Executivo, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, sobretudo, em relação ao comportamento dos seus membros para que, ao primeiro sinal de se trazer de volta ao nosso País a corrupção, a roubalheira, a desmoralização das instituições democráticas e o antipatriotíssimo, esteja pronto para reagir, com coragem, em defesa da nossa amada pátria BRASIL.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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