Foi repórter e diretor geral da Radio Novo Nordeste de Arapiraca e titular da Comarca de Piranhas, na condição de Juiz de Direito.

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Baixa performance eleitoral, poderá tirar Renanzinho do pleito de 2022

04/06/2021 - 17:19
Atualização: 04/06/2021 - 17:52

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Governador Renanzinho poderá ficar fora do pleito de 2022.
Governador Renanzinho poderá ficar fora do pleito de 2022.

O caldeirão político alagoano, continua mantido em fogo a meia altura, mas, mesmo assim, ferve muito na parte que diz respeito aos cargos majoritários a serem disputados nas eleições de 2022, para preenchimento de uma vaga no Senador Federal e a cadeira de governador do Estado de Alagoas.

O governador Renanzinho (MDB), que fez uma boa gestão no seu primeiro mandato, o que lhe garantiu a reeleição e a viabilização da recondução do seu pai, Renan Calheiros (MDB), pela quarta vez, ao Senado Federal, quando o velho parlamentar estava na iminência de perder seu assento no Congresso Nacional, encontra-se no pior momento da sua meteórica carreira política, por conta dos erros cometidos que culminaram com o rompimento de uma antiga amizade pessoal e uma exitosa parceria política, com seu vice-governador Luciano Barbosa (MDB), hoje prefeito de Arapiraca, segundo maior colégio eleitoral do Estado.

A performance eleitoral de Renanzinho está tão em baixa que as especulações correntes nos bastidores do seu gabinete, dão conta de que os milhões de reais que ele está disponibilizando para os prefeitos alagoanos, não lhes asseguram que sua candidatura ao Senado desbancará do Congresso Nacional o habilidoso e empático Senador Fernando Collor de Mello.

Com isso, o jovem Governador alagoano, imitando Silvio Santos, distribuiu dinheiro estado a fora, exibe largo sorriso, faz discursos não muito empolgantes e segue firme na tentativa de agrupar em volta de si, grandes lideranças políticas alagoanas possuidoras de bons e comprovados capitais eleitorais, que lhes garantam uma renuncia segura do mandado de governador, para assumir uma campanha política vitoriosa, na disputa pela única vaga de senador por Alagoas, disponível em 2022.

NOTAS:

JÓ PEREIRA: Poderá ser elo entre Arthur e Renan
A bem avaliada Deputada Estadual Josirlene Soares Pereira de Mello Feitosa, a Jó Pereira (MDB), filha de um dos maiores líderes políticos de Alagoas, o falecido prefeito João José Pereira, de Junqueiro, eleita em 2018 com 53.707 votos, poderá ser o elo de uma provável ligação política entre o Deputado Federal Arthor Lira (PP), Presidente da Câmara dos Deputados, e o Governador Renan Filho (MDB), pretenso candidato ao Senado Federal, na vaga ocupada pelo Senador Fernando Collor (PROS).
O que ainda não está visível, aos olhos do eleitorado alagoano, é a forma como será resolvida a equação política entre Lira e Renan, caso essa união se confirme, no item que diz respeito à candidatura à Presidência da República, que hoje apresenta de um lado, como candidato, o presidente Jair Bolsonaro, apoiado por Lira, e do outro lado o ex-presidente e ex-presidiário Luiz Inácio, apoiado por Renan Filho e Renan Pai.

ELEIÇÕES 2022: Candidatos jovens

No pleito de 2022, quando serão disputadas uma vaga no Senado Federal, atualmente ocupada pelo Senador Fernando Collor (PROS), e a chefia do Poder Executivo Estadual, ocupada por Renan Filho (MDB), ao que tudo indica, só se terá jovens políticos como candidatos a governador do Estado.
Renan Filho, que ainda não se decidiu se renunciará ao cargo de Governador para disputar uma vaga no Senado Federal, tem trabalhado alguns nomes da sua equipe para, se for o caso, lançar um deles como candidato a governador em 2022, aos permaneça à frente da chefia do executivo alagoano, até o final do seu mandato. Os nomes de Renan, segundo informações postadas no Blog do bem informado jornalista Kléverson Levy, são dos secretários Alexandre Ayres, da Saúde, Fábio Farias, Secretaria de Governo e Rafael Brito, da Educação, este último considerado o coringa do Renanzinho.

COVID-19: Um tribunal de exceção no Senado
Logo que anunciada a instalação da CPI da Covid-19, obrigada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do STF, boa parte da população brasileira, de logo, passou a desacreditar nas reais e boas intenções dos seus componentes, intenções essas que deveriam ser a busca imediata de soluções para os problemas que envolvem o combate do coronavírus e a agilização da compra de vacinas e suas consequentes aplicações, nos cerca de 220 milhões de brasileiros.
Instalada a Comissão e escolhidos os seus capitães, Senador Omar Aziz (PSD-AM), vice-presidente Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e relator, Senador Renan Calheiros (MDB-AL), passou-se a ter certeza de que essa CPI seria um grande palco de exibições. Outrossim, no decorrer das sessões de oitivas das pessoas envolvidas com o Ministério da Saúde, no combate a COVID-19, está sendo testemunhado uma atuação odienta dos Senadores, desrespeitosa para com os depoentes e com o foco voltado, sempre para o ataque ao presidente da República, o que leva várias das testemunhas lá ouvidas, a classificar essa CPI como um Tribunal de Exceção. ISTO É LAMENTÁVEL. É MUITO LAMENTÁVEL E VERGONHOSO.

MÉDICOS BRASILEIROS: Atuação usurpada

A classe médica brasileira, desde o início da pandemia do coronavírus no nosso país, tem tido a sua sagrada atuação profissional usurpada. Sobre essa prática marginal dos usurpadores o médico Infectologista Dr. Francisco Eduardo Cardoso, que atua em São Paulo, fez a seguinte fala: “Temos visto jornalistas, juízes e políticos, intrometendo-se na prescrição médica. Isso não está certo, o resultado disso, normalmente, é morte, a gente precisa tirar o político, o jornalista e o juiz da sala de emergência e deixar os médicos trabalharem em paz...!”

VACINA: Renan e Alexandre Ayres sob acusação
Na sessão do dia 02 de junho, da Assembleia Legislativa de Alagoas, o deputado Davi Maia (DEM), fez uma acusação muito séria ao Governador Renan Filho (MDB) e ao seu Secretário da Saúde Alexandre Ayres, afirmando que eles estão utilizando a vacina contra COVID-19, enviada para Alagoas, pelo Ministério da Saúde, para beneficiar aos prefeitos aliados do governador.
Davi, foi seguido na sua acusação pela Deputada Jó Pereira (MDB) e o Deputado Cabo Bebeto (PTC), estando a acusação do Deputado baseada no anuncio feito pelo Prefeito de Murici, Olavo Neto, primo do governador Renan, informando que naquele município a vacinação está liberada para pessoas de 45 anos de idade, sem comorbidade.
A ser constatada a denúncia, o governador alagoano estará seguindo, fielmente, a ditado popular de que “Farinha pouca, meu pirão primeiro”. Comportamento, diga-se de passagem, nada elogiável. Torço para que a acusação não proceda, para o bem do povo alagoano.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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