A estreia dos times alagoanos na Série B 2021

CSA e CRB estrearam no Brasileiro sem nenhuma vitória. O Azulão perdeu por 1x0 do Náutico, nos Aflitos em Recife. O Galo, empatou com o Clube do Remo, jogando no Rei Pelé, em Maceió. Nessa primeira rodada os azulinos até então se encontram na parte de baixo da tabela, já os regatianos, somaram um ponto e estão na intermediaria. Hoje Sampaio Corrêa x Goiás jogam às 20h, fechando a rodada.
Antes de falar das atuações, adianto que esse início do campeonato foi essencial para ressaltar as melhorias que os times alagoanos precisam fazer para o brasileiro. Ambas as equipes já possuem uma base, isso é um lado positivo! Mas num campeonato extenso como a série B é preciso de reservas imediatos que consigam manter os times numa regularidade, além da contração de jogadores para determinadas posições que ainda carecem de atletas que acrescentem na qualidade técnica dos grupos.
Os confrontos
Diante do Náutico, o CSA sentiu a pressão de enfrentar uma equipe que se conhece bem. Esse é uns dos pontos fortes do adversário, pois colabora na tomada de decisão mais rápida dos jogadores por já estarem entrosados desde a temporada passada. Ainda mais, se tratando do bom momento que vive o ataque do Timbu. Os alagoanos não conseguiram marcar na partida e isso não se deve somente a atuação defensiva do adversário. Por que apesar do bom momento do clube Pernambucano, a sua defesa foi classificada como o segunda que mais levou gols no campeonato estadual, é um setor que ainda é inconsistente.
Porém o Azulão não incomodou a defesa adversária. Os donos da casa por diversas vezes conseguiram conter os avanços das jogadas, diminuindo as oportunidades de chute a gol. Tanto que durante toda a partida, o CSA só finalizou cinco vezes e quatro delas, sem levar perigo ao goleiro Alex Alves. Isso muito se deu pela falta do meia Gabriel, que possui característica de uma transição rápida, ajuda na cobertura, tem passe qualificado, boa visão de jogo em questão de inverter as jogadas, fazer lançamento preciso com jogador passando em velocidade, onde pega a defesa adversária desorganizada.

E nesse jogo, o Azulão pouco soube fazer isso. Mas não dá para se prender aos desfalques do time na partida, a dependência nesses jogadores e a carência de reservas que consigam manter uma organização ofensiva precisa ser urgentemente ajustada. Se tratando da defesa, no primeiro tempo o Náutico finalizou quatorze vezes, contra duas do CSA. Já no segundo, com a entrada de Marquinhos, o time passou a ter uma melhor cobertura minimizando os avanços do rival que só teve quatro finalizações e todas sem perigo de gol. O que predominou em toda a fase final foi a pressão do Timbu tentando encontrar espaço, mas a equipe Azulina soube se defender evitando de perder por um placar mais elástico.
O mapa de calor do site Footstats confirma como o time esteve em maior parte do tempo na defensiva e que definitivamente o ataque não funcionou, gerando uma estreia negativa.
O Galo no Rei Pelé
Na partida do CRB, tivemos um jogo mais disputado. Os visitantes dominaram o primeiro tempo se aproveitando das bolas paradas, tendo Lucas Siqueira fazendo valer a lei do ex. O jogador apareceu como um elemento surpresa dentro da grande área. Mas que nem deveria ter sido tão surpresa como foi, pois essa característica que ele tem, o mesmo também realizou quando jogou no Galo. Inclusive, Claudinei fazia parte do mesmo elenco em 2019 e conhece a forma do rival jogar. Com isso, o tempo em que os donos da casa demoraram para assimilar a movimentação do volante e diminuir o espaço de jogo dele, beneficiou o jogador que conseguiu marcar duas vezes com apenas 21min de partida.
Vale lembrar, que o segundo gol do Remo foi irregular, mas não muda a frouxa marcação que ainda havia nesse atleta mesmo ele já tendo colocado a bola na rede. O CRB sentiu o placar e não tinha uma organização ofensiva, jogadores não apareciam como opções de passes curtos, não faziam triangulações e a equipe tinha dificuldade de avançar as jogadas. No entanto, aos 26min, com um lançamento decisivo de Erick e gol de Hyuri, que finalizou com frieza tocando na saída do goleiro do Remo. A equipe diminuiu e colocou o Galo de volta no jogo.
Ao contrário do primeiro tempo, na segunda etapa o time alagoano pressionou até o apital final. Corrigindo falhas de marcação e seu setor ofensivo propondo jogo, contra-ataques em velocidade, variação entre Diego Torres, Erick e Hyuri, que ora o centroavante aparecia como extremo do lado esquerdo, assim, o camisa 10 subia e ocupava o lugar do nove e Erick ia para o meio. Calyson também participou em alguns momentos dessa rotação que acabou a defesa do Remo tendo mais dificuldade de controlar as chegadas dos regatianos. No entanto, pecou no último passe e finalizações, dos oitos chutes, apenas dois tiveram chances reais de gol e a disputa foi marcada por gols originados de bola de parada. Aos 43min do 2T, Dudu que entrou no lugar de Calyson, cobra escanteio e D. Torres, aparece livre de marcação no segundo poste, empatando com gol de cabeça.
O confronto termina com um gosto amargo para o Clube do Remo, pois teve a vantagem de dois gols na frente e deixou o adversário empatar. Já o CRB, ganhou mais confiança em saber que consegue desenvolver poder de reação dentro do jogo e nas circunstancias da partida, o empate foi um resultado positivo para os alvirrubros.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA