VAR na série B do Brasileirão não significa fim dos erros de árbitragem

Após uma série de erros de arbitragem que vem ocorrendo no primeiro turno da segunda divisão do brasileiro, a CBF divulgou nesta quinta-feira o uso do árbitro de vídeo no segundo turno da série B e nas fases finais da série C e D deste ano.
Todos os custos de operação do sistema serão bancados pela própria CBF. Assim como o próprio presidente da entidade disse em nota: “Estamos tirando do papel uma reivindicação que os clubes disputantes dessas séries faziam há tempos”, é realmente um objetivo virando realidade.
Segundo a CBF, também haverá utilização do Centro de Excelência da Arbitragem Brasileira (CEAB), no Rio de Janeiro, para “otimizar toda a operação do árbitro de vídeo”. Dessa forma, naturalmente ficamos na expectativa de diminuição de erros nas decisões dos árbitros, porém ainda não é certo que isso vá acontecer.
Na série A do ano passado, o campeonato terminou marcado por falhas gravíssimas cometidas pelo VAR. Então essa crença de que com árbitro de vídeo não haverá mais gols impedidos ou mal anulados, não existe. Até por que os profissionais são humanos, seja no campo ou vídeo, vários fatores influenciam à falhas.
Independente disso é preciso qualificar mais a execução dessa ferramenta. Já que é um meio que ainda vem sendo aprimorado aqui no Brasil, e a ideia que está sendo passada até o momento para quem acompanha futebol é que é preciso um preparo melhor, tal como os jogadores, a arbitragem no geral precisa de mais repetição, treinamentos cada vez mais rigorosos, que os deixem mais seguros em suas decisões e sejam assertivos nelas. Caso contrário, continuarão errando com facilidade e aumentando a falta de credibilidade que vem sendo gerada nesses profissionais que nem são os mais culpados por tudo isso que ocorre com a arbitragem brasileira.
A Comissão Nacional de Árbitros e seus departamentos são os principais responsáveis pelo momento delicado que ainda vive a arbitragem. Há um bom tempo não se cria um projeto completo para de fato melhorar toda essa área, não reconhece que é preciso mudar a metodologia de ensino como também, a de trabalho. Mas apesar disso, há uma grande expectativa de evolução dessa categoria nesses próximos meses por conta da criação do CEAB, o qual virou um investimento que tende a agregar nas atuações desses profissionais. Agora é esperar que realmente dê certo, pois contribuirá por resultados cada vez mais justos, onde o bom futebol agradece!
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA