Neste domingo CSA e CRB jogaram no mesmo horário às 18:15. O Galo empatou com a Ponte Preta por 1x1, no rei Pelé e o CSA, perdeu por 1x0 para o Remo, somando a segunda derrota consecutiva. Objetivos não alcançados para ambas equipes, já que a equipe regatiana buscava os três pontos para permanecer no G-4 e o Azulão voltar a vencer e não cair de posição.

A ponte preta com o empate conseguiu sair da zona de rebaixamento, foi uma equipe que desde o início do jogo esteve muito bem organizada defensivamente e mesmo com um jogador a menos conseguiu manter uma forte marcação com duas linhas de 4 muito bem posicionadas. Na etapa inicial, em maior parte do tempo o duelo foi equilibrado, muito disputado pelo meio e consequentemente de poucas finalizações com reais chances de gol.

No segundo tempo, o jogo esteve mais entre ataque e defesa, no qual o CRB pressionou até o apito final. A equipe alagoana merecia sair com a vitória pelo domínio do jogo, nos 10min finais a bola ficou somente entre o meio-campo e a defesa da Macaca.

O CRB circulava a bola, toda equipe conseguia fazer interação na construção das jogadas, mas próximo a grande área escolhiam o passe mais difícil para tentar finalização, eram desarmados ou chutes, cabeceios... paravam no gigante goleiro Ivan.

No entanto, apesar de não ter conquistado os três pontos, o Galo segue com sua boa campanha na série B, está há quatro rodadas sem perder, ficando somente um ponto atrás do quatro colocado e ver seu principal rival, o CSA caindo de rendimento novamente e amargando a segunda derrota seguida no brasileiro, diante do Remo que também estava sem vencer há duas rodadas. Essa instabilidade da equipe só ressalta o quanto o grupo ainda não encaixou e tem dificuldades não resolvidas com as contrações.

Umas das carências que observo é no meio. Foi criada toda uma expectativa na contratação de Renato Cajá, mas desde o início comentei que apesar da experiência e grandes qualidades do jogador, eu não acreditava que ele seria o camisa 10 ideal para o Azulão. Por conta das próprias características do time e dos jogadores que teriam interação direta com Cajá. Um meia de armação com mais velocidade, juntamente com Gabriel como segundo volante poderia ser essencial para se ter mais dinâmica ofensiva nas transições. Portanto, continuo achando que a chegada dele até o momento presente foi para agregar qualidade ao time, mas não para suprir a deficiência do meio-campo, pelo menos é isso o que temos visto.

Estamos chegando no segundo turno do campeonato e o que a equipe vem aparentando é que continuará sendo time de meio de tabela. Apesar de ser uma situação que pode ainda ser mudada, para acontecer precisa urgente esse time encaixar, seja com ajustes de peças ou forma de jogar. Os pontos perdidos agora poderão fazer muita falta no final da competição, essa inconstância nas atuações tá chegando ao limite para um time que tinha o acesso como um objetivo possível de ser realizado.