Dá para ver melhora nas últimas atuações de CSA e CRB?!

Pela Copa do Brasil, CRB enfrentou o Palmeiras na quarta-feira perdendo por 1x0 e vai para o segundo jogo precisando ganhar por dois gols ou fazendo um, vai para os pênaltis. Na série B, CSA recebeu o Sampaio Correia no sábado e ficou no 0x0. No domingo, o Galo venceu o Cruzeiro no Mineirão por 4x3. Com esses resultados na segundona, até então o Galo ocupa a quinta colocação e o Azulão na décima sétima colocação.
No Rei Pelé
Contra o atual campeão da Copa do Brasil, o Galo buscou sair ao menos com um empate até o último minuto. E apesar de ter enfrentado um adversário com mais qualidade técnica, a equipe alagoana surpreendeu em evitar do ataque Palmeirense fazer mais gols e ainda conseguir pressionar no segundo tempo, finalizando nove vezes contra somente três do Verdão que manteve o controle do jogo, mas caiu de rendimento na segunda etapa e optou por baixar suas linhas nos minutos finais para segurar o placar.
Porém é a qualidade técnica que define essa partida. Se tratando principalmente do momento de finalizações, o CRB apresentou menos eficiência que o visitante, por que das nove vezes que chutou, sete não levou perigo. Já o time Paulista nas somente três vezes teve chance reais de gols, numa base de dados fica uma média de 100% nas finalizações do 2T. E o CRB, de 15.4%.
As mudanças de Alan Aal, com os volantes Jean Patrick e Marthã, trouxe mais velocidade na transição, como também, melhorou a qualidade de passe nas construções das jogadas. As boas atuações dos dois atletas refletiram também contra o Cruzeiro que será comentado mais à frente. Pode-se de agora em diante está sendo projetada uma nova dupla titular, se esses atletas continuarem nesse nível nas partidas seguintes.
No mais, o Galo não conseguiu marcar, mas soube estacionar o ataque avassalador do Palmeiras, com duas linhas de 4 quando não estava com a bola, ficando no 1x0. É para se comemorar uma derrota? Não, não é! Mas é preciso valorizar o empenho perante um dos maiores clubes do Brasil jogando com o time quase todo titular.
Já no confronto do CSA, o time teve domínio do jogo desde o início. O retorno de Geovane e Gabriel, devolveu uma saída de bola mais sustentada, onde busca forçar a transição ofensiva pelos lados. Espaços mais povoados pelo time azulino:

O clube alagoano valorizou a posse para ir tocando a bola criando jogadas bem trabalhas, passes rápidos e muita movimentação dos jogadores da frente, possibilitando que chegassem diversas vezes com mais facilidade a defesa adversária. A equipe teve tudo para se fazer bons gols a partir dessa interação coletiva, porém precisou de mais tranquilidade para finalizar. Talvez o anseio de tentar sair com a vitória, de querer abrir logo o placar, acabou atrapalhando na hora do chute.
Logo que se viam mais ofensivos, diante de um Sampaio Corrêa que teve o mesmo problema - finalizou nove vezes, mas apenas duas tiveram chances reais de gol. Entretanto o adversário esbarra também no fator de entrosamento para uma saída mais organizada a fim de chegar com perigo de forma mais constante na área. O CSA se tornou mais ofensivo muito devido a volta de jogadores importantes. Bato sempre na mesma tecla: é uma equipe de boas características individuais sim, mas que precisa de de reforços que qualifiquem especialmente o meio-campo, urgente!
Não dá pra continuar dependendo somente de jogador A ou B para o time desenvolver uma performance ofensiva mais acertada. Dessa vez atuaram melhor do que contra o Náutico, claro. Diferente do primeiro jogo no brasileiro, o time conseguiu criar! Criou muito, mas ainda não foi capaz de transformar em gols e é preciso de mais para competir nessa série B. Apesar disso, é fato que tiveram um futebol mais trabalhado, triangulações, opções de passes curtos, recursos para manter a posse de bola e elaborar melhor os ataques, isso se dá a uma melhoria ofensiva. Agora vamos ver como se comportará contra o Vila Nova, se manterá o mesmo ritmo e acertará as falhas, esse é o caminho para uma futura vitória.
No Mineirão
Foi um jogaço! O mais movimentado desse início da série B, a partida foi marcada por sete gols, reclamação da Raposa contra arbitragem e evidencia de participação de vários jogadores regatianos. Da defesa ao ataque, a equipe teve uma boa atuação coletiva. Frazan avançando ajudando na criação das jogadas, Marthã e Jean Patrick sendo fundamentais nas transições, Guilherme Romão que tanto já foi criticado, desde os últimos jogos do campeonato alagoano vem sendo um atleta que colabora nos momentos defensivos e ofensivos. Diego Torres, que é o “cérebro” da equipe, sempre preciso nos passes, com boa visão de jogo, Hyuri que vem fazendo um bom papel de centroavante, não se limita em ficar entre os zagueiros, volta, marca, muda o posicionamento, a boa estreia de Alisson Farias ajudando na ofensividade e as substituições que mantiveram a qualidade do jogo até o apito final.
É uma vitória para muito se comemorar, pois não se tratou apenas de resultado. Mas sim, a evolução da equipe como um todo. É claro, que esse foi o primeiro confronto com alto nível de desempenho no brasileiro, vai ser preciso uma regularidade. Porém o mais importante foi dado, a primeira vitória num jogo muito disputado, fora de casa. Isso renova a confiança dos jogadores para a sequência da temporada.
Contudo, é válido lembrar também que a equipe sofreu a mesma quantidade de gols que fez. Uma das grandes dificuldades do Galo são as bolas áreas e nessa partida os três gols contra foram aéreos. A falha de marcação nos adversários dentro da grande área é um dos aspectos que colaboram para gerar esse problema, os regatianos visam muito a bola e esquecem dos atletas que precisam marcar, atitude nítida nos momentos dos gols do Cruzeiro.

E como falei que o time sofreu a mesma quantidade de gols que marcou, a baixo está a imagem do lance. Ainda resta alguma dúvida? Eu vejo a bola já fora de cima da linha.
Apesar disso, não tira o mérito da vitória regatiana, bom trabalho diante da Raposa! E por isso questionei no título do texto sobre a evolução dos times nesta semana, que foi discreta para alguns, mas não que não deixa de ser um passo à frente.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA