Há alguns anos, me deparei com comentários críticos — porém construtivos — vindos inclusive de personalidades relevantes da nossa sociedade alagoana, pessoas com grande conhecimento profissional e cultural. Esses comentários surgiram em ambientes que frequento e apontavam algo que me tocou profundamente: a falta de cuidado em preservar e valorizar a nossa história, a sensação de que o nosso Estado não possuía memória.

Confesso que me senti feliz por perceber essa preocupação coletiva e, mais ainda, por ter tido a oportunidade de participar, a convite da Organização Arnon de Mello, de um projeto idealizado pelo jovem e competente executivo Fernando James, Diretor Comercial da TV Gazeta. Trata-se de uma série de documentários, iniciada com a história de nossa amiga e musa inspiradora Selma Britto, cujo nome inclusive batiza o prêmio criado pela Fortes Empreendimentos como forma de reconhecimento a grandes personalidades.

Gostaria de enaltecer o trabalho de Fernando James pela criação e condução desse projeto tão importante para a memória de Alagoas. A série contempla documentários sobre algumas das maiores figuras da história do nosso Estado, em diferentes segmentos da sociedade.

Venho acompanhando esse projeto desde o início, com o documentário sobre a vida do grande médico Dr. Milton Hênio. Em seguida, tive a honra de participar do episódio sobre a grande mulher e pianista Selma Britto. Depois, veio o documentário sobre um dos maiores comunicadores do Brasil, o jornalista, radialista, apresentador e editor Márcio Canuto. A série também abordou a trajetória da Academia Alagoana de Letras, seguiu com o perfil do professor, historiador e vice-reitor do Cesmac, Douglas Apratto, e agora anuncia sua próxima exibição: um documentário sobre um dos maiores juristas de Alagoas e do Brasil, o professor, escritor e mestre do Direito, Dr. Marcos Bernardes de Mello.