Obrigado ao ladrão

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que “se não fosse pelo Centrão o Brasil já teria virado uma Venezuela”. Ele está correto. E isso é péssimo. Lira quer que o Centrão seja visto como algo bom para o país, que seja reconhecido como algo positivo. Não é para tanto.

Elogiar o Centrão é mais ou menos como alguém ser assaltado e levar um tiro na perna enquanto se dirigia ao aeroporto para pegar um avião que posteriormente acabou caindo com todos a bordo. A vítima do assalto escapou do desastre maior graças ao tiro do assaltante. Pela ótica de Lira, o passageiro deveria mandar flores, ou dinheiro, ao ladrão.

(Da coluna Cena Política, Igor Maciel JC/PE)

Os invasores

Políticos desavergonhadamente agridem o povo e a história de alguns municípios na ânsia de conquistar mais poder, os invadindo, como nas guerras medievais, com dinheiro sujo e assistencialismo bancado por verbas do governo federal e estadual. Os municípios precisam honrar as suas origens e tradições e se aliarem aos seus verdadeiros líderes locais, que por anos estiveram junto a seu povo, os amparando em seus maiores anseios e necessidades. Votar em “estrangeiros” é renegar a história de sua terra e daqueles que sempre estiveram ao lado da população.

Santana, um fiasco

A convenção que homologou o candidato a prefeito pelo MDB em Santana do Ipanema, Eduardo Bulhões, foi considerada um fiasco de público e considerada elitizada pela população santanense. Com a presença de alguns caciques da política alagoana, o evento foi um desadoro e mostrou talvez a insatisfação do povo e a indicação do desejo de mudança na administração. No seu discurso, o candidato sem nenhum histórico de liderança política, e um discurso “xoxo”, deu mostras que para tentar alavancar sua candidatura vai carregar nos ombros o cadáver do ex-prefeito e grande liderança política do Sertão Isnaldo Bulhões (pai) como sustentáculo de sua campanha, como se o povo fosse burro.

Na ponta

O vereador e presidente da Câmara Municipal de Maceió, Galba Netto, é pontuado como um dos mais votados no pleito de outubro. Realizando uma gestão inovadora e com grande liderança entre seus pares, não se descuida de suas bases onde tem uma aceitação crescente e segue em frente. Está entre os três mais bem avaliados nas pesquisas. Vai longe.

Sob suspeição

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que o governo da Venezuela “se afasta” da lisura e da transparência eleitorais. O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) anunciou a reeleição do presidente Nicolás Maduro após o pleito do último domingo (28). A oposição contesta o resultado, ressaltando que o CNE não divulgou as atas eleitorais que confirmam os totais de votos para cada candidato. Para Pacheco, o governo venezuelano não apresenta os valores que garantiriam a legitimidade democrática do processo eleitoral. Ele também afirmou que as violações à democracia devem ser apontadas sem “casuísmo”.

O ‘vereador’ Cacareco

Cedro do Caitité é um município do estado de Minas Gerais. Sua população estimada em 2004 era de 1.231 habitantes. Localizada na zona do Alto São Francisco na região do Maciço da Serra da Mata. O prefeito encerrava seu mandato, com uma administração bem avaliada, mas o povo decidiu mudar e elegeu o “bêbado” da cidade e, com uma abstenção acentuada, o prefeito foi eleito com pouco mais de 200 votos. Não demorou muito no cargo, foi cassado por vadiagem e “excesso de álcool”. Em São Paulo, em 1959, um rinoceronte recebeu cerca de 100 mil votos para vereador. Cacareco, que apesar do nome era fêmea, foi um dos mais famosos casos de voto de protesto ou voto nulo, fruto da decepção dos eleitores com os políticos. O partido mais votado na eleição obteve 95.000 votos. Do jeito que as coisas estão para as bandas dos políticos, logo existirão muitos “cacarecos” como candidatos.

Penedo, a maior convenção

O prefeito Ronaldo Lopes, da encantadora Penedo, realizou a maior convenção de Alagoas, na festa que homologou sua candidatura à reeleição. Uma multidão vestida de vermelho (suas cores) abarrotou o local, com a população engajada na campanha do atual prefeito, que pontua com uma margem e intenções que deixa seu principal concorrente sem a menor chance de disputa. Ronaldo está agora colhendo os frutos da mais competente história política penedense.

Apoio forte

Surge em Palmeira dos Índios uma nova frente de oposição que pode deixar a “titia” do prefeito Júlio Silva (o vivaldino) fora da polarização nas próximas eleições. O jovem advogado Gervásio Neto, de tradicional família palmeirense, ao lançar sua candidatura, recebe o apoio do tio, o deputado Marcelo Victor, hoje o mais influente político local e de muita liderança na região. Dois fatos: a polarização pode mudar para Gervásio Neto e Mosabelle Ribeiro, ambos bons candidatos.