Por que Marina Silva traiu Heloísa Helena
A ministra Marina Silva, mesmo se mostrando uma “referência internacional” na pauta do meio ambiente, nunca foi a grande líder do partido Rede Sustentabilidade e isso sempre a incomodou. Para alcançar a posição conspirou contra a ex-senadora Heloísa Helena e o senador Randolfe Rodrigues, com golpes baixos e desonestos, revelando seu caráter dúbio e seu desejo de vingança. O senador do Amapá não suportou e teve que abandonar a Rede, enquanto Heloísa permaneceu firme no comando do partido, enfrentando os ataques internos, as conspirações e golpes baixos de Marina. Ao se bandear para apoiar a candidatura de Lula à presidência, de olho no cargo de ministra, Marina rompeu com Heloísa, que se manteve firme em sua coerência e rejeitou todas as “ofertas de poder” que lhe foram oferecidas. Raiva e ciúme, essa são as definições que se pode dar ao afastamento das duas militantes e por isso a maioria da base do partido ficou com Heloísa Helena.
Ministra derrotada em convenção partidária
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, sofreu fragorosa derrota no congresso nacional da Rede Sustentabilidade em uma resposta da base partidária às suas incoerências e traições a companheiros da sigla, realizado em Brasília. A chapa “Rede pela Base” venceu com 221 votos, o equivalente a 74% dos delegados presentes. A corrente derrotada, Rede Vive, apoiada por Marina, obteve apenas 79 votos (26%).
O novo presidente nacional da Rede é o engenheiro Paulo Lamac, ex-vice-prefeito de Belo Horizonte (MG), cuja indicação foi da ex-senadora Heloísa Helena. A importância de Marina vem diminuindo nos últimos anos, enquanto Heloísa Helena passou a ser considerada a grande liderança nacional do partido. É possível que a ministra deixe a Rede e se debande para o Partido dos Trabalhadores, de onde nunca deveria ter saído. Resta saber se o PT aceita.
Anistia em pauta
Enquanto o PT e o governo, principalmente o governo, estão pressionando Hugo Motta para ele nem sequer pensar em colocar em votação a anistia aos terroristas do 8/1, por outro lado, o bolsonarismo está indo às ruas para pressionar o presidente da Câmara justamente para fazer o contrário. O tema ganhou força após tentativas do PL de obstruir votações e suspender processos contra aliados bolsonaristas, como o deputado Alexandre Ramagem. A proposta está parada na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados).
Publicamente, Motta tem mantido discrição sobre o assunto, apesar de ter recebido Bolsonaro em uma agenda não divulgada.
Cassação do deputado
A causa é outra
Nos círculos mais fechados de Brasília, ninguém esconde o motivo pelo qual o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) deve ser cassado pela Câmara. Se a disposição não mudar com a pressão política do governo, Glauber pode perder o mandato, mas o motivo está longe de ser a agressão a um militante do MBL, como consta nos autos.
Como tudo em Brasília, nada é o que parece ser. Dilma Rousseff não foi cassada pelas pedaladas, embora a manobra fiscal justificasse a perda de mandato. A petista perdeu apoio político ao optar por não dialogar com o Centrão. Na verdade, a perseguição a Glauber atinge sua posição e de seu partido (PSOL) investindo contra o orçamento secreto. Eles não perdoam.
O perigo da desinformação
O mundo está sim, ameaçado, não por guerras ou desastres ambientais, que vêm acontecendo nos tempos atuais. Com a chegada da internet, que continua sendo “casa de todos e sem dono” vieram também a beligerância, o ódio intolerável e acima de tudo a desinformação. O escritor e filósofo italiano Umberto Eco disse com muita propriedade: “A internet deu voz aos imbecis, que antes falavam apenas em um bar e depois de uma taça de vinho”. É preciso nos livrar dos influencers imprudentes e idiotas, com regulações que fujam da censura, mas ataquem a irresponsabilidade.
Bom trabalho
O ex-vereador João Gabriel Costa Lins (Joãozinho) assumiu a presidência da Junta Comercial de Alagoas e em pouco tempo sua gestão já começa a obter resultados institucionais positivos. Dialogando com os segmentos empresariais e com implantação de políticas públicas eficientes o órgão tem cumprido o seu papel e seguindo na evolução.
Mudança no PT
O deputado Ronaldo Medeiros deverá ser eleito presidente do Diretório do Partido dos Trabalhadores (PT) em embate com a atual direção. Medeiros não precisa apenas ganhar, mas também mudar os métodos de aplicação do dinheiro público e acabar com a farra irresponsável que vem sendo praticada nos intestinos do partido.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA