Eleição no TJ
Mesmo a 10 meses da eleição para presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, a campanha já corre solta com pedidos de voto e promessas futuras. Pela regra de rodízio dos mais antigos membros da Corte a vez seria do desembargador Paulo Lima, preterido na eleição passada e já “queimado” para a disputa deste ano. Pelo mesmo critério, a vez agora seria do desembargador Fábio Bittencourt, que também deve ser rejeitado por seus pares. Sua relação tumultuada com os demais desembargadores cresce a cada sessão e dificilmente será eleito presidente do TJ. Ainda assim já está em campanha. Com Fábio Bittencourt fora do páreo, o desembargador João Azevedo Lessa deve ser o candidato, com chances de vitória. Tido como conciliador, o magistrado ainda não se manifestou, mas tem o apoio da maioria do colegiado.
Ficha limpa
Vale registrar que o desembargador Paulo Lima é um dos mais probos membros do Tribunal de Justiça de Alagoas. Eleito presidente, jamais participaria de conchavos em favor de membros do tribunal e demais magistrados, prática nociva aos deveres constitucionais do Judiciário. A única falha atribuída ao desembargador é a sua forma de atuação, com excesso de zelo e pouco produtivo. Por isso enfrenta uma representação no CNJ, com risco de ser aposentado compulsoriamente. Mas se a moda pega, muitos magistrados vestirão o pijama antes do prazo.
Abuso de poder
Alguns desembargadores de Alagoas estão usando o poder do cargo para pressionar vereadores a votar em seus candidatos, geralmente parentes. Esse expediente ilegal e imoral também é usado por conselheiros do Tribunal de Contas para pressionar prefeitos.
Atalaia rachada
Em Atalaia, a disputa eleitoral está caminhando para um cenário estadual. Candidata à reeleição, a prefeita Cecília Hermann marchará ao lado do governador Paulo Dantas, enquanto a vice-prefeita Camila Brasil ficará com Arthur Lira.
Crime impune
A mãe do empresário Kleber Malaquias, assassinado em Rio Largo por denunciar políticos corruptos, enviou carta ao ministro da Justiça pedindo a federalização do caso e a participação da Polícia Federal na apuração do crime. O inquérito da Polícia Civil concluiu que a execução do empresário foi crime de mando e indiciou seis dos executores, a maioria deles militares e ex-militares, mas os mandantes não foram identificados.