Collor é o 9º senador mais rico do país. Gazeta não paga a demitidos

O ex-presidente Fernando Collor de Mello possui o 9º maior patrimônio entre os senadores, de acordo com dados declarados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e divulgados nesta segunda-feira, 10, pelo site Congresso em Foco. O parlamentar, que é empresário e foi reeleito pela sigla PTC de Alagoas, declarou possuir um patrimônio de R$ 20. 308.319,48.

Em primeiro lugar na lista dos milionários está o ex-governador do Ceará Tasso Jereissati, que foi eleito para o Senado em 2014 e concluirá o mandato em 2023. Ele declarou ao TSE possuir bens no valor de R$ 389.019.698,60. A soma dos bens de todos os parlamentares chega a R$ 2 bilhões.

Os dados do TSE referentes a Collor pegaram de surpresa os funcionários demitidos, em novembro, da Gazeta de Alagoas, o jornal diário mais antigo no Estado. Jornalistas e técnicos estão sem receber as rescisões trabalhistas.

De acordo com o Sindicato dos Jornalistas (Sindjornal), boa parte deles não possui nenhum valor repassado pela empresa de Collor ao FGTS. Informações de bastidores, indicam que a Gazeta não fazia o repasse regular ao Fundo desde 2006.

Até esta segunda-feira, a empresa também não havia distribuído as guias aos ex-funcionários para dar entrada no seguro-desemprego. Gazeta, Sindjornal e ex-funcionários já participaram de duas audiências na Procuradoria Regional do Trabalho, em Maceió, sem que houvesse acordo sobre o pagamento das verbas rescisórias.

Segundo os demitidos, os advogados representantes da empresa afirmaram, nas duas ocasiões, que a Organização Arnon de Mello não teria dinheiro para honrar as obrigações trabalhistas e que os imóveis da OAM estariam todos penhorados.

Famílias dos demitidos estão desesperadas com dois meses de contas atrasadas e sem condições de adquirir o básico para a sobrevivência.

Nos próximos dias, o Sindicato dos Jornalistas e categoria também devem decidir sobre judicialização de ações individuais ou coletivas.