AGRESTE, SERTÃO, ZONA DA MATA E LITORAL
Blocos regionais de saneamento básico de Alagoas são arrematados por R$ 1,6 bilhão
Escolha do vencedor foi realizada com base na maior oferta por cada contrato
O Consórcio Alagoas arrematou nesta segunda-feira, 13, na Bolsa de Valores do Brasil (B3), o bloco B do leilão para o saneamento básico de Alagoas com o lance de R$ 1,2 bilhão em valor de outorga. O bloco C foi arrematado pelo Consórcio Mundaú, pelo valor de R$ 430 milhões.relacionadas_esquerda
O contrato de 35 anos de concessão é válido para 34 cidades nas regiões Agreste e Sertão que compreendem o Bloco B e para o Bloco C, com 27 municípios da Zona da Mata e do Litoral Norte do Estado, ambos administrados atualmente pela Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal).
A escolha do vencedor foi realizada com base na maior oferta por cada contrato. O Consórcio Mundaú chegou a propor um valor de R$ 1 bilhão em valor de outorga para arrematar o Bloco B, mas desistiu de propor um novo valor.
Ao todo, estão previstos investimentos de R$ 2,9 bilhões, em contratos com duração de 35 anos. Desse valor, R$ 1,6 bilhão deverá ser aplicado já nos primeiros cinco anos.
Sobre o valor de outorga, que será dividido entre os municípios que fazem parte dos blocos, o secretário de Estado da Fazenda de Alagoas, George Santoro afirmou esperar que os gestores saibam usar o dinheiro arrecadado e descartou qualquer possibilidade de disputa judicial pelo valor.
"Muitas cidades que fazem parte dos blocos nunca viram tanto dinheiro assim. A gente espera que as cidades consigam com esses recursos adicionais fazer um bom uso para melhorar a vida dos alagoanos", disse o títular da basta em discurso ao fim do leilão.
Região Metropolitana
Hoje, o Estado de Alagoas já tem uma concessão regional de água e esgoto em curso. Em setembro do ano passado, a BRK Ambiental venceu a disputa pela região metropolitana de Maceió (AL), com uma outorga agressiva de R$ 2 bilhões.
O valor dos recursos pagos pela empresa, no entanto, têm sido alvo de uma disputa judicial entre municípios e Estado, já que o edital previa que o pagamento fosse direcionado integralmente ao governo estadual.
Neste ano, algumas cidades e partidos de oposição passaram a questionar a partilha do valor. No caso do novo leilão, que foi realizado hoje, esse risco já foi mitigado, porque foi acordado que o valor da outorga será totalmente direcionada às prefeituras.
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