PEDIDO DE VISTAS
Adiado julgamento de militares acusados de matar Jonas Seixas
Servente de pedreiro desapareceu após entrar em uma viatura policial durante abordagemFoi adiado para a próxima quarta-feira, 10, o julgamento do recurso que pede a substituição da prisão preventiva dos cinco policiais acusados da morte do pedreiro Jonas Seixas da Silva. A defesa dos militares pede outras medidas cautelares no lugar da prisão.
A data foi mudada nesta quarta-feira, 3, após o desembargador Whashigton Luiz pedir vistas do processo. Jonas Seixas, que tinha 32 anos, entrou na viatura policial após abordagem realizada no dia 9 de outubro de 2020, no Jacintinho, em Maceió. Depois disso, nunca mais foi encontrado.
Os policiais Fabiano Pituba Pereira, Jardson Chaves Costa, Filipe Nunes da Silva, João Victor Martins de Almeida e Tiago de Azevedo Lima são acusados de assassinato e ocultação de cadáver.
Os policiais foram presos no dia 10 de março de 2020. Os mandados de prisão foram expedidos pela 7ª Vara Criminal da Capital, após parecer favorável do Ministério Público do Estado e depois de uma representação formulada pela comissão da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga o caso.
Na decisão que determinou a prisão preventiva, o juiz Ewerton Carminati considerava que o modus operandi dos acusados, conforme constatou nos autos, aponta que os PMs sequestraram a vítima, submeteram-na a uma sessão de tortura e a assassinaram, ocultando o seu cadáver posteriormente.
A versão dos militares é de que três viaturas com oito policiais foram à casa de Jonas para realizar a abordagem, mas o motivo da ação policial não foi informado. Na ocasião, Jonas foi levado em uma viatura. Eles disseram aos investigadores da PM que liberaram o servente de pedreiro com vida no bairro de Jacarecica, o que foi descartado nas investigações.
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