A CPI da Braskem aprovou, nesta quarta-feira, 28, a convocação do presidente da petroquímica, Roberto Bischoff, e do diretor global de comunicação, Marcelo Arantes. Ambos serão ouvidos na quarta-feira, 6, em meio às investigações sobre o afundamento do solo em Maceió, Alagoas.

Além dos representantes da Braskem, a comissão também determinou a convocação do diretor-geral da Agência Nacional de Mineração (ANM), Mauro Henrique Moreira Sousa, do ex-diretor do Serviço Geológico do Brasil, Thales Sampaio, e do secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wollf Barreiros.

O relator da CPI, senador Rogério Carvalho (PT-SE), solicitou ainda a presença de Abel Galindo Marques e Natallya de Almeida Levino, professores da UFAL, e de José Geraldo Marques, especialista em ecologia, para depoimentos na terça-feira, 5.

O plano de trabalho aprovado na tarde de ontem, 27, sugere também a convocação de ex-moradores das áreas afetadas pelo afundamento do solo em bairros impactados pela atividade mineradora e de autoridades locais.

A meta da CPI é elucidar os alertas feitos ao longo dos anos sobre os riscos e danos da exploração mineral na região. A visita dos membros aos locais afetados já foi aprovada, porém, o relator sugere que ocorra após os primeiros depoimentos técnicos, a fim de embasar a avaliação sobre os impactos.

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) solicitou a criação da comissão para investigar a responsabilidade da Braskem nos danos ambientais resultantes da exploração. A CPI tem 11 titulares e sete suplentes e tem até 22 de maio para apresentar resultados.