ADRIANO DA NÓBREGA

Planalto ofereceu cargo em troca da morte de líder de milícia do Rio

Ex-policial foi morto após um suposto confronto com a Polícia Militar da Bahia
Por Redação com agências 06/04/2022 - 17:22
Atualização: 06/04/2022 - 17:48

ACESSIBILIDADE

Divulgação
Adriano da Nóbrega era chefe do Escritório do Crime
Adriano da Nóbrega era chefe do Escritório do Crime

Áudios divulgados nesta quarta-feira, 6, pela Folha de São Paulo revelam que o Palácio do Planalto teria oferecido cargos comissionados em troca da morte do ex-capitão da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMRJ), Adriano Magalhães da Nóbrega.

O ex-policial foi morto após um suposto confronto com a Polícia Militar da Bahia. Ele era acusado de comandar a maior milícia do Rio de Janeiro e de estar envolvido no assassinato da vereadora Marielle Franco.

Segundo os áudios captados pela Polícia Civil do RJ e divulgados pelo jornal, Adriano sabia que o Planalto havia oferecido cargos comissionados em troca de sua execução. A informação foi compartilha pela irmã do ex-policial, Daniela Magalhães da Nóbrega, com uma tia.

“Ele já sabia da ordem que saiu para que ele fosse um arquivo morto. Ele já era um arquivo morto para todo mundo. Já tinham dado cargos comissionados no Planalto pela vida dele, já. Fizeram uma reunião com o nome do Adriano no Planalto”, afirmou Daniela.

A ligação gravada foi realizada no dia 11 de fevereiro de 2020, dois dias após a morte de Adriano. As escutas foram autorizadas pela justiça e fazem parte da “Operação Gárgula”, que investigava o esquema de lavagem de dinheiro e a estrutura da fuga de Adriano.

O ex-capitão também era suspeito de envolvimento no esquema das “rachadinhas” no gabinete do então deputado estadual, hoje senador, Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Em 2007, a ex-esposa de Adriano, Daniella Mendonça, assumiu um cargo no gabinete de Flávio; enquanto em 2016, a mãe do ex-PM também ganhou um cargo no gabinete.

Publicidade


Encontrou algum erro? Entre em contato