CORONAVAC
STF dá 48 horas para Anvisa explicar critérios em testes de vacinas

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski deu prazo de 48 horas para que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) dê informações sobre os critérios usados para os testes da vacina Coronavac e o atual estágio de aprovação desta e demais vacinas contra a covid-19.
A agência determinou na segunda-feira (9) a interrupção dos estudos da vacina Coronavac por causa de "evento adverso grave". A vacina é produzida pelo Instituto Butantan e pela farmacêutica chinesa Sinovac. Segundo comunicado, o evento – não especificado – aconteceu em 29 de outubro. A decisão da suspensão da pesquisa acontece para que os estudos possam avaliar sobre a segurança e benefícios à saúde do possível imunizante antes da continuidade do estudo.
Nesta terça, o governo de São Paulo afirmou que a morte de voluntário que participava de estudo não tinha a ver com os testes. O voluntário teria cometido suicídio. Segundo o diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, a medida foi tomada por causa de uma "decisão técnica" diante de "informações insuficientes" sobre um evento adverso grave ocorrido com um dos participantes da pesquisa.
Torres afirmou que é normal a paralisação dos estudos em testes de vacina. Ele citou o caso do imunizante de Oxford, que também interrompeu sua pesquisa por causa de um evento adverso.