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Júri dos PMs acusados de matar pedreiro acontece nesta quarta-feira
Jonas Seixas desapareceu após uma abordagem policial em 2020 e não foi mais vistoOs cinco policiais militares acusados de sequestrar e matar o pedreiro Jonas Seixas da Silva em 2020 serão levados a júri popular nesta quarta-feira, 13, segundo informou o Ministério Público de Alagoas (MPAL) nesta terça-feira, 12.
Segundo a mãe do pedreiro, em outubro de 2020 três policiais vasculharam a casa do filho informando que estavam cumprindo mandados de prisão, busca e apreensão mas, segundo ela, o documento não foi mostrado. Jonas não estava em casa e ela disse que nada foi encontrado dentro da residência.
Quando os policiais estavam indo embora, encontraram o pedreiro chegando em casa. Nesse momento, houve uma abordagem e Jonas foi colocado dentro da viatura. A mãe disse que os policiais não informaram o motivo da prisão. A esposa de Jonas foi até a Central de Flagrantes, onde permaneceu por quase 5 horas, mas a viatura não chegou.
A família chegou a procurar por Jonas em hospitais, na Casa de Custódia e em outros lugares, mas não obteve notícias do paradeiro dele. Segundo a mãe de Jonas, o pedreiro já foi preso em 2010 por tráfico de drogas, cumpriu a prisão, foi solto e estava trabalhando na época do crime. Jonas tem dois filhos, uma menina e um menino.
Desde o desaparecimento, os policiais investigados sustentam a versão de que levaram Jonas para uma averiguação, mas o liberaram com vida no bairro de Jacarecica. Ele nunca foi encontrado e o inquérito do caso aponta que ele foi assassinado, mesmo sem a localização do corpo.
Os réus são:
Fabiano Pituba Pereira
Filipe Nunes da Silva
Jardson Chaves Costa
João Victor Carminha
Tiago Asevedo Lima.
Os cinco foram indiciados pelos crimes de sequestro, tortura, homicídio e ocultação do cadáver do pedreiro.