JOGO DO PODER
União acena com socorro para Alagoas enfrentar crise agravada pela perda de receita com o ICMS
Dantas promete alternativas; débitos somam R$ 360 milhões.jpg)
O governador Paulo Dantas (MDB) completou um mês no novo mandato em viagens constantes a Brasília em busca de socorro para a dívida de R$ 350 milhões acumulada nos cofres após mudanças no ICMS, na era Jair Bolsonaro, que prejudicaram todos os estados.
O governo federal acenou com R$ 22 bilhões para recompor perdas, mas a estimativa dos estados é de R$ 45 bilhões. Em Alagoas, o buraco foi de R$ 350 milhões. Esta recomposição seria um dos caminhos para Dantas construir um governo à própria imagem e semelhança, com resultados próprios para além da administração do aliado e antecessor Renan Filho (MDB), eleito senador, hoje licenciado e ocupando o Ministério dos Transportes.
Dantas se apegou esta semana aos números da Secretaria de Segurança Pública, que acumula bons resultados no combate ao crime, para escapar dos problemas. Mas os débitos nas secretarias de Saúde e Educação ganham maior dimensão, até por conta das ameaças de suspensão de serviços ou atendimentos e os riscos de morte a pacientes. Até as aulas da rede estadual, previstas para começar esta semana, foram adiadas para a próxima. E com merenda aos alunos, porque também havia possibilidade de não há ver comida nas escolas.
O secretário da Fazenda, George Santoro, prevê que a partir de abril a situação se altere: é quando os cofres do Estado recebem o reajuste da alíquota do ICMS de 17% para 19%. Até lá, os secretários serão obrigados a fazer malabarismo, com bastante diálogo, negociação e a pressão nas redes sociais. O maior alvo? Santoro, é lógico, o guardião da chave do cofre.
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