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Pressão por cassação de Glauber Braga pode abrir vaga para alagoana

Heloísa Helena deve assumir cadeira se processo contra o deputado do Rio for aprovado
Por Redação 10/04/2025 - 09:37
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Divulgação
Heloísa Helena
Heloísa Helena

Cresce nos bastidores de Brasília a pressão pela cassação do mandato do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), acusado de quebra de decoro parlamentar. 

O principal pivô do embate é o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a quem Braga acusa publicamente de envolvimento no uso irregular do orçamento secreto. Apesar da ofensiva, o caso ainda não chegou ao plenário da Casa.

Caso a cassação se concretize, Heloísa Helena, a primeira suplente da Federação PSOL/Rede, legenda à qual Glauber é filiado, assumirá a vaga. Trata-se de uma parlamentar conhecida por sua atuação firme e por sua origem alagoana, embora tenha disputado as eleições pelo estado do Rio de Janeiro.

Se confirmada a mudança, HH deve se tornar uma das vozes mais ativas da bancada alagoana na Câmara dos Deputados — mesmo sem ter sido eleita pelo estado.

Noite ruim

O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) passou a madrugada desta quinta-feira, 10, dormindo no chão do plenário de uma comissão da Câmara dos Deputados. A ação faz parte de um protesto iniciado após o Conselho de Ética da Casa recomendar a cassação de seu mandato.

Durante a sessão que definiu o parecer, Glauber anunciou que entraria em greve de fome e permaneceria na Câmara até que o plenário decida se confirma ou rejeita a recomendação do conselho.

O processo contra o parlamentar foi instaurado após ele agredir um ativista do Movimento Brasil Livre (MBL) no ano passado, durante uma discussão nas dependências da Câmara.

Por volta de 0h40, a equipe do g1 esteve no local onde o deputado estava dormindo. A assessoria autorizou o registro de imagens, mas solicitou que ele não fosse filmado enquanto descansava.

Glauber está acompanhado por quatro assessores de seu gabinete e dois apoiadores. Segundo sua equipe, a decisão de iniciar a greve de fome e dormir na Câmara foi tomada de forma individual, sem consultar colegas de partido ou familiares.

A própria esposa do deputado, a também parlamentar Sâmia Bomfim (PSOL-SP), foi pega de surpresa com a atitude. Para garantir a segurança durante a noite, a Câmara designou um policial legislativo para permanecer na entrada do local.


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