agroeconomia

Presidente do Sindaçúcar-AL alerta para perdas do “tarifaço” americano

Pedro Robério Nogueira diz que cotas de exportação de açúcar para os EUA podem se tornar inviáveis
Por Redação 22/09/2025 - 08:46
A- A+
Assessoria
Pedro Robério Nogueira, presidente do Sindaçúcar-AL, durante mesa-redonda no Cesmac
Pedro Robério Nogueira, presidente do Sindaçúcar-AL, durante mesa-redonda no Cesmac

O presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Etanol de Alagoas (Sindaçúcar-AL), Pedro Robério Nogueira, participou na semana passada como conferencista de uma mesa-redonda promovida pelo Centro de Ensino Superior de Maceió (Cesmac). O evento, realizado no Campus Farol, na capital alagoana, teve como tema “A crise Brasil x Estados Unidos: o tarifaço e a soberania”.

Nogueira, que também é vice-presidente do Conselho da Confederação Nacional da Indústria (CNI), detalhou os impactos das medidas econômicas adotadas pelo governo dos Estados Unidos no início de agosto sobre as exportações alagoanas de açúcar. Segundo ele, as novas tarifas afetaram as cotas preferenciais de exportação de 80 mil toneladas por ano, tornando inviável a comercialização para o mercado americano.

“Essas cotas, garantidas por lei brasileira e exercidas por produtores das regiões Norte e Nordeste, totalizam cerca de 160 mil toneladas, metade delas produzidas em Alagoas. Em volume, representam 15% das exportações de açúcar do estado, e em valor, cerca de 28 milhões de dólares, equivalentes a 20% do faturamento do setor local”, explicou Nogueira, ressaltando que essas exportações são praticadas há cerca de 60 anos.

Além do dirigente do setor sucroenergético, o encontro contou com a participação do diplomata Miguel Gustavo Torres, que tratou de geopolítica e diplomacia; da economista Camila Herminda, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), que abordou economia, reciprocidade e soberania; e do Coronel da Polícia Militar de Alagoas, Mário da Hora, que discutiu relações e poder militar.


Encontrou algum erro? Entre em contato