IMPASSE
STF suspende eleição do governador-tampão em Alagoas

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, suspendeu hoje, 1, a eleição para o cargo de governado-tampão em Alagoas. O pleito estava marcado para às 10h desta segunda-feira, na Assembleia Legislativa. "Suspendo a decisão do Tribunal de Justiça nos autos do processo [...] até que o relator se manifeste naqueles autos”, diz a decisão.
Ontem, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) não aceitou o recurso apresentado pelo PSB contra a decisão do TJ-AL que manteve a eleição para escolher o novo vice e governador-tampão. O desembargador do Judiciário alagoano José Carlos Malta Marques decidiu pela continuidade da eleição atendendo a um pedido da procuradora-geral do Estado, Samya Suruagy.
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A procuradora-geral alegou que o adiamento da disputa por tempo indeterminado poderia causar graves lesões à ordem pública jurídico constitucional e administrativa de Alagoas.
Ao cassar a liminar que havia suspendido a eleição, o desembargador Malta Marques pontuou que o “PSB, ao propor a ação perante o juízo de primeiro grau, usou de artifício para conseguir a declaração de inconstitucionalidade por um juiz, de forma individual, usurpando competência constitucional”, diz trecho da decisão.
Além disso, o presidente em exercício da corte alagoana afirmou que a “a decisão objeto do presente pedido de suspensão se encontra em descompasso com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre a matéria;”
O mandato-tampão é necessário porque o governador Renan Filho (MDB) renunciou para se candidatar ao Senado em outubro. Já o vice-governador eleito em 2018, Luciano Barbosa (MDB), também renunciou ao cargo em 2020 para ser candidato (e vencer) a prefeito de Arapiraca.
Terceiro na linha de sucessão, o presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Marcelo Victor (MDB), abdicou do cargo temporário porque, se assumisse, estaria impedido de disputar a reeleição para renovar seu mandato como parlamentar. Com isso, o governo de Alagoas está desde o dia 2 de abril nas mãos do presidente do Tribunal de Justiça, o desembargador Klever Loureiro.
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