CPI DA BRASKEM

Ex-servidor da CPRM conta bastidores de investigação e "ordens" de silêncio

Thales Sampaio deu detalhes como foi a relação do órgão com a petroquímica
Por Redação 06/03/2024 - 10:51

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TV Senado
O geólogo Thales Sampaio durante depoimento à CPI da Braskem
O geólogo Thales Sampaio durante depoimento à CPI da Braskem

Na manhã desta quarta-feira (6), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) encarregada de investigar os danos ambientais e urbanos em Maceió, causados pelos empreendimentos da mineradora Braskem, colheu o depoimento do ex-servidor aposentado da antiga Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), atual Serviço Geológico do Brasil, Thales Sampaio.

À CPI, Sampaio revelou informações sobre os bastidores da investigação. Ele afirmou que a Braskem não possuía outorga para a extração de água de poços em aquíferos na região do Pinheiro, utilizada para preencher as minas de sal-gema.

Além disso, destacou que a relação com a empresa era extremamente difícil, marcada por discordâncias constantes nos estudos apresentados pela CPRM e atitudes grosseiras por parte da Braskem durante as reuniões.

Sampaio também fez uma revelação ao mencionar que as outorgas para a empresa foram concedidas durante o período de investigação da CPRM.

"Era tão difícil a relação. Isso não está nas minhas palestras porque me pediram para não falar sobre isso", afirmou o ex-servidor, fazendo um gesto de aspas com as mãos ao mencionar "me pediram", sugerindo um suposto tom de que foi ameaçado.

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