SENADO
CPI da Braskem: ecologista relata roubos de documentos e ameaças de morte
Declaração de José Geraldo Marques movimentou a CPIDurante sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem nesta terça-feira, 5, o ativista ambiental e doutor em ecologia José Geraldo Marques contou que chegou a sofrer ameaças de morte durante a instalação da petroquímica em Maceió.
A mineração começou em 1976, pela Salgema Indústrias Químicas, que foi estatizada e privatizada novamente anos depois, antes de se fundir com outras companhias e se tornar a Braskem. Marques relatou que ter sido vítima de invasão à sua biblioteca particular e roubo de documentos.
Documentos esses que, na verdade, seriam estudos dos impactos ambientais e do perigo da exploração da salgema (minério) na capital. Ele também afirmou ter recebido ameaças de morte por telefone após alertar as autoridades sobre os riscos da mineração. "Foi uma tortura, ameaças de morte e mortes morais. Quase perco a cabeça", declarou.
Um dos autores das ameaças de morte seria ex-secretário de estado na época. "Não digo o nome porque ele não um merece lugar na história, essa é a minha vingança".
Além de Marques, a CPI da Braskem também irá colher os depoimentos do engenheiro civil, geotécnico, professor aposentado da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Abel Galindo Marques; e da professora da Universidade Federal de Alagoas, doutora Natallya de Almeida Levino.