O Instituto Médico Legal Estácio de Lima, da Polícia Científica de Alagoas, confirmou na tarde desta quarta, 6, que o corpo da garçonete Flávia dos Santos Carneiro, de 43 anos, foi liberado para sepultamento. Flávia foi assassinada com mais de 20 facadas pelo genro com ajuda de sua filha. A motivação foi de que a vítima não queria o relacionamento da filha com o rapaz.

Exame cadavérico também foi concluído e o laudo será encaminhado para a Delegacia de Homicídios. A liberação aconteceu após a identificação oficial feita por meio de um exame de necropapiloscopia realizado pelo papiloscopista Alisson Veríssimo, do Instituto de Identificação de Alagoas. 

Ele explicou que coletou as digitais da vítima e comparou os dados biométricos com o arquivo civil do órgão, localizando a carteira de identidade nacional de Flavia Carneiro. O exame de necropsia realizado pelo perito médico legista Luiz Mansur constatou que Flavia Carneiro foi morta com mais de 20 facadas na região cervical. 

O assassino golpeou a vítima com de dez perfurações na região da parte posterior do pescoço e outras oito lesões na lateral direita do pescoço. “Ela apresentava sinais de asfixia e ferimentos cortantes nos dedos da mão direita, como se ela tivesse segurado a lâmina da faca. Ela também apresentava arranhões no dorso da mão e no braço direito. Esses tipos de lesões são características de tentativa de defesa da vítima”, explicou o perito médico legista.

Segundo o delegado Thiago Prado, da Delegacia de Homicídios, a filha de flávia Carneiro confessou que foi responsável por imobilizar a vítima para que o seu namorado, de 22 anos desferisse os golpes de faca.

Os criminosos mantiveram o corpo da garçonete por cinco dias na geladeira até a polícia ser avisada por um fretista que descobriu o corpo. Durante esse período, a filha da vítima se passou pela mãe nos aplicativos de mensagens.

O assassino vai responder por feminicídio, ocultação de cadáver e corrupção de menores, já que sua namorada tem 14 anos apenas. O pai dele também foi detido por participação direta nos crimes, principalmente por ajudar a ocultar o corpo da vítima na geladeira.

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