A Braskem recebeu 11 multas ao longo da atividade de mineração em Maceió, segundo informações reveladas nesta terça-feira, 12, por Mauro Henrique Moreira Sousa, diretor-geral da Agência Nacional de Mineração (ANM).

A informação revelada pegou os titulares da comissão de surpresa, que questionaram os critérios e fizeram comparativos do que chamaram de “tratamento diferenciado para a empresa”.

11 multas no valor de 40 mil reais, por todos os crimes ambientais cometidos pela Braskem, por toda desorganização psicológica. Isso ai o cara paga de multa de trânsito - Omar Aziz

Conforme Mauro Henrique, a empresa foi multada por: não prestar informações; prestar informações inadequadas e descumprir exigências feitas pela Agência Nacional de Mineração.

Ainda conforme as informações reveladas durante a CPI, as multas foram pagas apenas em 2019, quando o problema causado pela extração se tornou público.

Além do diretor-geral da Agência Nacional de Mineração (ANM), Mauro Henrique Moreira Sousa, a CPI da Braskem realiza nesta terça-feira audiências com o superintendente de Fiscalização da agência José Antonio Alves dos Santos e o ex-titular da Diretoria de Fiscalização da Atividade Minerária do extinto Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM) Walter Lins Arcoverde.

Os senadores investigarão relatórios da ANM apontando falta de pagamento ou recolhimento insuficiente da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) pela Braskem, além de omissão em relação a providências exigidas por órgãos federais de fiscalização.

Na quarta-feira, 13, a CPI dedicará a reunião à oitiva de responsáveis pelo monitoramento e fiscalização em Maceió, centrando-se nos danos ambientais e urbanos decorrentes das atividades de exploração da mineradora.

Entre os depoentes agendados estão Gustavo Ressurreição Lopes, diretor-presidente do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas, e Abelardo Pedro Nobre Júnior, secretário da Defesa Civil de Maceió.